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Bahia busca na China substituta para a Ford

Estado nordestino sedia a maior fábrica no Brasil da companhia americana, que anunciou fechamento da produção de veículos após 'anos de perdas significativas'

Por Portal Eu, Rio! em 11/01/2021 às 18:23:00

O Ka, com 67.491 unidades, foi o modelo mais vendido da montadora americana ano passado Foto Divulgação Ford

Assim que foi informado do fechamento das fábricas da Ford no Brasil, o governador da Bahia, Rui Costa, entrou em contato com a Federação das Indústrias do Estado (Fieb) para discutir a formação de grupo de trabalho para avaliar possibilidades alternativas ao fechamento. O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia. Em nota oficial, o Governo do Estado lamenta o encerramento da produção nas plantas da Ford, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), e da Troller, em Horizonte (CE). O governo destaca os impactos socioeconômicos consequentes do fechamento da empresa, importante geradora de empregos e renda no estado.

A decisão da Ford foi informada ao governador Rui Costa durante reunião virtual com representantes da empresa nesta segunda-feira (11/1). Em nota distribuída à imprensa, a Ford afirma que "a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas", são motivadores da decisão. No total, a empresa emprega no Brasil 6.171 pessoas, sendo 4.059 na Bahia, onde está instalada a unidade mais fabril recente, de Camaçari, mais 1.652 na sede original, em São Paulo, e 460 em Horizonte, no Ceará, com a marca Troller, de veículos compactos off road.

A montadora manterá a fabricação de peças para o atendimento dos clientes de carros já vendidos. Serão mantidos também o Centro de Desenvolvimento de Produtos na Baia, a sede administrativa e o campo de provas em São Paulo.

A Ford ocupa a sexta posição no mercado brasileiro, com números muito próximos aos das rivais Renault e Toyota. A Chevrolet manteve a dianteira em 2020, mas viu a Volkswagen e a Fiat se aproximarem. A marca da General Motors fechou o ano com 17,35% de participação, seguida pela VW (16,80%) e Fiat (16,50%). Em 2019, a Chevrolet ficou com 17,89%, a VW com 15,59% e a Fiat com 13,77%. Quem também cresceu foi a Hyundai, que passou de 7,81% para 8,58%, e Jeep, que tinha 4,87% e cresceu para 5,65%.

A Renault, Ford e Toyota caíram. A marca francesa tinha 9% do mercado em 2019 e passou para 6,75%. A Ford passou de 8,22% para 7,14%. A Toyota tinha 8,11% e fechou 2020 com 7,07%. Já Honda e Nissan oscilaram menos: a primeira passou de 4,86% para 4,31% e, a segunda, de 3,61% para 3,13%.

Entre os automóveis e comerciais leves mais emplacados no ano passado, o Chevrolet Onix manteve a dianteira. Foram 135.351 unidades licenciadas entre janeiro e dezembro. O Hyundai HB20 (86.548) ficou com a segunda posição e o Chevrolet Onix Plus (83.392) com a terceira colocação. A Fiat Strada (80.041) ficou em quarto lugar e o Volkswagen Gol (71.151) fechou o ano em quinto. Da sexta à décima posição ficaram: Ford Ka (67.491), Fiat Argo (65.937), VW T-Cross (60.119), Jeep Renegade (56.865) e Fiat Toro (53.974).


Fonte: Ford, Anfavea e Governo do Estado da Bahia

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