Centenas de ciclistas se reuniram neste sábado (16) Centenas de ciclistas , zona oeste do Rio, em protesto pela morte do ciclista Claudio Leite da Silva, de 57 anos, atropelado, por volta das 5h40 da madrugada, da última segunda-feira (11) por um carro dirigido pelo capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, de 36 anos, que estava embriagado.
O oficial passou a madrugada, em um posto de gasolina, onde funciona uma loja de conveniência, aberta 24h, na esquina das avenidas Gláucio Gil e Lúcio Costa, no posto 10, na orla do Recreio. Na ocasião, militar foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento com uma garrafa de uísque na mão e na outra uma garrafa de vodca, dançando e tentando permanecer em pé, com grande dificuldade. Antes, ele ainda foi visto dentro da loja de conveniência comprando e bebendo uma garrafa de cerveja.
Depois de beber, o capitão pegou o carro e saiu, atropelando e matando o ciclista que pedalava na Avenida Lúcio Costa, como fazia todos os dias. Claudio Leite morreu na hora. João Maurício não prestou socorro à vítima e, alguns metros depois, bateu com o veículo no meio-fio, destruindo a parte da frente do carro. Em seguida, saiu correndo para a casa de um amigo, onde estava hospedado no bairro. O oficial acabou preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Prisão
Na audiência de custódia, o juiz Antônio Lucchese converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. O magistrado acolheu o pedido feito pelo promotor de Justiça Bruno Guimarães. Na decisão, o magistrado relata a gravidade do crime, em que o oficial, depois de ingerir bebidas alcoólicas, “misturando possivelmente vodca com uísque”, atropelou Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, “causando a sua morte e deixando de prestar qualquer socorro, já que teria se evadido do local”.
O juiz cita ainda o relato de uma testemunha de que minutos antes do acidente João Maurício sequer conseguia ficar em pé, “inclusive porque cambaleava, além de que teria saído do local em alta velocidade e cantando pneu”.
Antônio Lucchese escreveu também que nenhuma outra medida cautelar, adversa da prisão, será suficiente para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. O magistrado determinou que João Maurício fosse encaminhado para atendimento médico a fim de tratar da embriaguez.
Outra vítima
Não é a primeira vez que João Maurício se envolve em acidente, a mulher dele está hoje numa cadeira de rodas, depois que o oficial, também embriagado, provocou um acidente de carro, deixando-a tetraplégica.
Fonte: Agência Brasil