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Saúde tem até 25/1 para informar ritmo da vacinação de idosos e pessoas com deficiência abrigados em asilos

Escassez mundial de vacinas faz MPRJ exigir da Prefeitura e do Estado confirmação em cinco dias da prioridade a grupos de maior risco de morte por Covid-19

Por Portal Eu, Rio! em 21/01/2021 às 11:46:36

Terezinha da Conceição, de 86 anos, abrigada em instituição da Prefeitura, foi a primeira vacinada e ilustra prioridade a ser comprovada no Plano de Imunização no Estado do Rio Foto Ascom Prefeitura

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) terá prazo de cinco dias, que se encerra no próximo dia 25/1, para informar à Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção ao Idoso da Capital sobre cronograma e sobre a forma como ocorreu a vacinação nos municípios do Estado, especificamente, no que diz respeito às pessoas idosas institucionalizadas. A resposta deverá ser acompanhada de relatório de acompanhamento da vacinação do referido grupo ocorrida nos municípios, bem como informe se as pessoas idosas institucionalizadas, que foram contempladas com a primeira dose, já estão com segunda dose da vacina garantida.

O mesmo prazo de cinco dias vale para que as secretarias de Saúde do Estado e do Município do Rio forneçam o cronograma de vacinação e quais as instituições que abrigam pessoas com deficiência na capital e nos municípios fluminenses que já foram ou serão contempladas com a vacinação contra a Covid-19; o nome dos já vacinados; se o primeiro lote recebido contemplará todas as pessoas com deficiência institucionalizadas; e também o fluxo ou protocolo pré-estabelecido para aplicação nas referidas unidades; entre outros. O procedimento foi instaurado por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Pessoa com Deficiência da Capital.

Procedimentos como esses visam acompanhar e fiscalizar a execução do cronograma e do plano de vacinação contra Covid-19 em dois grupos considerados prioritários, com atendimento preferencial logo na primeira etapa da campanha, iniciada esta semana. Por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção ao Idoso da Capital, foi instaurado o procedimento para acompanhar a vacinação de idosos em Instituições de Longa Permanência, enquanto que, por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Pessoa com Deficiência da Capital, foi instaurado outro procedimento, este com o objetivo de monitorar o cumprimento da vacinação prioritária de deficientes, também institucionalizados.

Nos procedimentos, instaurados na quarta-feira (20/1), o MPRJ destaca que idosos e deficientes abrigados constituem o chamado 'grupo de risco', no qual são maiores as chances de agravamento e letalidade pela doença. Dessa forma, diante da relevância do tema e da necessidade de acompanhamento da vacinação destas parcelas da população, foi instaurado um primeiro procedimento solicitando, entre outras medidas, que a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) informe, em até 30 dias, o cronograma de vacinação e quais instituições, das que abrigam pessoas idosas no município, já foram ou serão contempladas com a vacinação; os nomes das pessoas idosas institucionalizadas que já foram vacinadas; se o primeiro lote de vacina contemplará todos os idosos institucionalizados na cidade; e sobre existência de fluxo ou protocolo para aplicação das vacinas nas referidas unidades.

O MPRJ ressalta que, no momento, não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial e que o Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19 reconhece que a aplicação deve ser focada na redução da morbidade e mortalidade pela doença. Diante desse quadro, existe a necessidade de se estabelecer grupos prioritários de vacinação, com efetivo respeito à tal prioridade, o que se busca garantir por meio da instauração dos presentes procedimentos de acompanhamento pelo parquet fluminense, explica a nota oficial enviada à imprensa pelo Ministério Público.

O MPRJ informa possuir dados sobre todas as instituições de longa permanência para idosos e das unidades de acolhimento para pessoas com deficiência localizadas no Estado do Rio de Janeiro. Com base nisso, promete envidar esforços para o cruzamento de dados da relação dos acolhidos nessas instituições com as informações a serem extraídas do Sistema de Informação de Avaliação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), de forma a garantir que todos tenham sua prioridade na vacinação garantida, antes da evolução para a segunda fase do Plano de Vacinação.

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