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Fiocruz começa liberação de vacinas contra a Covid-19

Dois milhões de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca, comprados do Instituto Serum da Índia, chegaram na sexta à noite e, rotulados, seguirão para os estados

Por Portal Eu, Rio! em 23/01/2021 às 14:53:09

Depois de checado o conteúdo das embalagens e feita a rotulagem das doses, as vacinas foram levadas para o galpão de uma empresa de logística, nas proximidades da Fundação. No local, deverá ser feita

Na tarde deste sábado (23/1), a Fiocruz iniciou a liberação de duas milhões de doses de vacinas prontas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS). Os caminhões começaram a sair com as vacinas no início da tarde, por volta das 14 horas. As últimas doses sairam da Fiocruz por volta das 16h, quando ocorreu uma coletiva de imprensa com a presença da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e a primeira aplicação no Brasil da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca. O evento foi transmitido pelo canal da Fiocruz no YouTube (https://youtu.be/VQmSobXPqRY).


Na ocasião, o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro a receber a vacina. Também receberá a vacina a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Ambos têm atuado na linha de frente da assistência a pacientes de Covid-19 desde o início da pandemia.

A doutora Margareth Dalcomo repercutiu nas redes sociais ao desabafar contra a frustração na entrega das vacinas do Instituto Serum, quando havia um contrato firmado com a AstraZeneca desde o ano passado, atribuindo o problema à inépcia da diplomacia brasileira nas negociações com a Índia. O desabafo foi na Arquidiocese do Rio de Janeiro, quinta-feira (21/1), quando a pesquisadora recebeu uma comenda de Dom Orani Tempesta pelos trabalhos no combate à pandemia. Na sexta-feira, provavelmente informada do andamento favorável das negociações, esclareceu não ter querido dizer que não viria vacina da Índia nem Ingrediente Farmacêutico Ativo da China em momento algum, apenas enfatizar ser inadmíssivel o atraso.

A Fiocruz recebeu no início da madrugada de sábado 2 milhões de doses de vacinas prontas, importadas do Instituto Serum, um dos centros produtores da vacina de Oxford-AstraZeneca na Índia. As vacinas chegaram no final da noite de ontem (22/1), na base área do Galeão, e seguiram para Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Com a chegada das duas milhões de doses de vacinas em Bio-Manguinhos, no início desta madrugada, as vacinas passaram por conferência e avaliação de temperatura para verificar se estavam em perfeitas condições, após o trajeto da longa viagem. Pela manhã, teve início o processo de etiquetagem das caixas. Ao todo, estão sendo etiquetadas quatro mil caixas. Cada caixa contém 50 frascos e 500 doses da vacina. Após a etiquetagem, ainda ocorrerá a liberação de documentação pela Garantia da Qualidade.

Pela manhã foram coletadas amostras pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) para análise de protocolo e liberação do produto para que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possa distribuir aos estados. Toda a operação para liberação das vacinas seguiu normalmente, sem intercorrências e dentro do cronograma.


Depois de checado o conteúdo das embalagens e feita a rotulagem das doses, as vacinas foram levadas para o galpão de uma empresa de logística, nas proximidades da Fundação. No local, deverá ser feita a repartição para embarque. Por acordo entre os governadores de estado e o Ministério da Saúde, 5% dos lotes, o equivalente a cem mil doses, seguirão para Manaus, onde o número de casos e mortes por Covid-19 cresceu muito nos últimos 30 dias. A demanda por oxigênio triplicou e mais de 230 pacientes tiveram que ser transferidos para outros sete estados, como Piauí, Goiás e Ceará.

A vacina Covishield, de Oxford/AstraZeneca, permite até três meses de intervalo entre uma dose e outra, o que faz muitos secretários estaduais e municipais, como o médico Carlos Eduardo Alves, do Estado do Rio, a defenderem a aplicação integral do lote de dois milhões para a primeira dose, sem reservar parte da encomenda atual para a segunda rodada. Não há, até o momento, definição oficial nesse sentido pelo Ministério da Saúde.

No caso da principal opção, a Coronavac, que teve um lote adicional de 4,1 milhões liberado para uso emergencial pela Anvisa na sexta-feira, o intervalo entre as doses é no mínimo de 14 e no máximo de 28 dias. Intervalos maiores, dada a proteção de 100% contra casos graves já na primeira dose, foram aventados por exemplo pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, e pelo secretário estadual da pasta em São Paulo, Jean Gorenchtein.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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