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Fiocruz recebe matéria-prima da vacina de Oxford/AstraZeneca neste sábado (6)

Produção de 2,8 milhões de doses da vacina de Oxford/Astra/Zeneca começa ainda este mês

Por Claudio Rangel em 05/02/2021 às 20:15:00

Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, anuncia a chegada de um lote de IFA Foto: Reprodução

A Fiocruz vai receber neste sábado (6) 88 litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) o que é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. O anúncio foi feito pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade e pelo diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma durante evento que marcou o lançamento do edital para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde no Rio de Janeiro.

A previsão inicial era de que o material importado da Índia fosse capaz de produzir 7,5 milhões de doses. Nísia disse que houve mudança no cronograma de envio do IFA ao Brasil por conta de trâmites burocráticos e que a remessa inicial será enviada em dias diferentes ainda este mês.

Presente ao evento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o Brasil receberá material capaz de permitir a fabricação de 100 milhões de doses da vacina da Fiocruz ainda no primeiro semestre. A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento do edital para a construção do complexo industrial de biotecnologia em Saúde (CIBS), na Fiocruz.

“Com a chegada e a incorporação da tecnologia, que está contratada, poderemos fabricar 20 milhões de doses por mês no segundo semestre, aproximadamente, já com a produção do IFA no Brasil”, declarou o ministro.

Novas vacinas

Pazuello disse também que o Ministério continua as negociações com outros laboratórios como Jansen&Johnson, Pfizer e com a fabricante da vacina russa Sputnik V

“Temos reunião hoje de manhã no Ministério da Saúde com representantes da produção da Sputnik. Discutimos hoje a apresentação da sua proposta de preços. Essas vacinas representam a possibilidade de entrega em fevereiro e março de mais doses de vacinas”, disse.

O ministro ressaltou que todas as vacinas a serem disponibilizadas para a população deverão ter a aprovação da Anvisa. Ele defendeu a vacinação e a prevenção contra a covid-19:

“Essa é uma condição sine qua non. Reforço aqui que o nosso país precisa continuar sendo um exemplo na procura pela vacinação. O povo precisa continuar confiando no PNI (Programa Nacional de Imunização) e continuar procurando se vacinar e se prevenir mas a vacina ela não resolve o problema por si só. Precisamos continuar com medidas preventivas de afastamento social que são todas as medidas já conhecidas no nosso país, precisamos continuar com os cuidados para evitar a propagação do vírus entre as pessoas”, disse o ministro.

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