A Fiocruz vai receber neste sábado (6) 88 litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) o que é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. O anúncio foi feito pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade e pelo diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma durante evento que marcou o lançamento do edital para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde no Rio de Janeiro.
A previsão inicial era de que o material importado da Índia fosse capaz de produzir 7,5 milhões de doses. Nísia disse que houve mudança no cronograma de envio do IFA ao Brasil por conta de trâmites burocráticos e que a remessa inicial será enviada em dias diferentes ainda este mês.
Presente ao evento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o Brasil receberá material capaz de permitir a fabricação de 100 milhões de doses da vacina da Fiocruz ainda no primeiro semestre. A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento do edital para a construção do complexo industrial de biotecnologia em Saúde (CIBS), na Fiocruz.
“Com a chegada e a incorporação da tecnologia, que está contratada, poderemos fabricar 20 milhões de doses por mês no segundo semestre, aproximadamente, já com a produção do IFA no Brasil”, declarou o ministro.
Pazuello disse também que o Ministério continua as negociações com outros laboratórios como Jansen&Johnson, Pfizer e com a fabricante da vacina russa Sputnik V
“Temos reunião hoje de manhã no Ministério da Saúde com representantes da produção da Sputnik. Discutimos hoje a apresentação da sua proposta de preços. Essas vacinas representam a possibilidade de entrega em fevereiro e março de mais doses de vacinas”, disse.
O ministro ressaltou que todas as vacinas a serem disponibilizadas para a população deverão ter a aprovação da Anvisa. Ele defendeu a vacinação e a prevenção contra a covid-19:
“Essa é uma condição sine qua non. Reforço aqui que o nosso país precisa continuar sendo um exemplo na procura pela vacinação. O povo precisa continuar confiando no PNI (Programa Nacional de Imunização) e continuar procurando se vacinar e se prevenir mas a vacina ela não resolve o problema por si só. Precisamos continuar com medidas preventivas de afastamento social que são todas as medidas já conhecidas no nosso país, precisamos continuar com os cuidados para evitar a propagação do vírus entre as pessoas”, disse o ministro.