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Consumo excessivo de bebidas alcoólicas prejudica saúde física e mental

Veja como se prevenir e saber quando há uma situação de dependência

Por Lucas Simonin em 09/02/2021 às 20:52:14

Foto: Divulgação

A maioria da população sabe o quanto a ingestão de bebidas alcoólicas pode fazer mal à saúde. Porém, mesmo com a pandemia, muitos frequentam bares e restaurantes para "tomar uma cervejinha”, seja com a família ou amigos. O que a maioria das pessoas não tem consciência é que isso poderá ocasionar problemas de saúde e até mudanças de comportamento.

O consumo excessivo pode levar a pessoa a uma dependência. A recomendação médica diária para o uso de bebida alcoólica para as mulheres é de uma dose e para os homens de duas doses, por, no máximo, cinco vezes na semana. Uma dose é uma lata (330 ml) de cerveja, uma taça (100 ml) de vinho ou um copo (30 ml) de destilado.

Ana Sodré, clínica geral, explica que, mesmo com baixas doses, a bebida vai se tornando um estimulante ao sistema nervoso central. Conforme aumenta o consumo, ela se transforma em um desestimulante. Além disso, o álcool faz a pessoa perder sua inibição, normalmente mostrando um lado incomum.

Ana também afirma que a mudança do comportamento pode ocorrer com qualquer pessoa, dependendo do seu fator de risco e da sua situação cotidiana. "Com o estresse diário acumulado, as doses poderão levar a pessoa a perder o controle e realizar ações intempestivas", ressalta a médica.

Já a psiquiátrica Emanuella Novello explica que muitas pessoas normalmente tímidas e reclusas, quando ingerem bebidas alcoólicas, tendem a se tornar mais sociáveis. "Muitos fazem uso para se sentirem incluídas dentro do circulo social. Porém, quando o uso se torna diário e excessivo, pode levar a uma dependência, trazendo malefícios ao corpo e à mente", avalia. Segundo Novello, uma forma de prevenção é prestar atenção ao nível de consumo, que não deve chegar a níveis exacerbados. "Não pode exagerar. Quando isso acontece, pode haver uma intervenção, conversa familiar ou, em casos extremos, uma consulta com um especialista", observa.

A médica ainda alertou que a atual geração é mais suscetível ao consumo do álcool. "Muitos não sabem lidar com frustrações, os 'nãos' da vida, mas pode até mesmo ser uma autoafirmação. Além disso, as redes sociais potencializaram essa ilusão de que o mundo é perfeito, que não possui nenhuma dificuldade", conta Novello. De acordo com ela, há uma pressão pela aceitação, principalmente em grupos. "Se não integrar, pode ser tachado de 'careta' e 'impopular'. As drogas legalizadas, como o álcool e o tabaco, dão uma sensação de relaxamento, mas podem trazer malefícios ao corpo, conforme o passar dos anos", conclui a profissional.

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