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Exclusivo: Brasileira de 30 anos é vacinada em Londres e fala sobre esperança em novos tempos pós-Covid

Roberta Rocha foi uma das primeiras brasileiras em sua faixa etária a receber a vacina contra o vírus

Por Edison Corrêa em 20/02/2021 às 17:20:11

Roberta Rocha, mineira de 30 anos, foi vacinada em Londres contra a Covid-19. Foto: Divulgação

Imagine receber um SMS em seu celular, sendo convidado a ir ao posto de saúde para receber a vacina contra COVID, sem pertencer ao grupo prioritário. Foi o que aconteceu com Roberta Rocha, mineira de 30 anos, jornalista e designer de moda, que reside no Reino Unido desde 2014.

Com um vídeo repercutindo na internet, Roberta conversou com agentes britânicos de saúde sobre a vacinação, e agora falou com exclusividade ao Portal Eu, Rio! sobre o mix de emoções desde que recebeu o convite, refletindo sobre os rumos da humanidade pós pandemia.

“Eu vim para o Reino Unido em 2012 como estudante e retornei ao Brasil ao final do curso. Em 2014, me mudei em definitivo para a Inglaterra, onde construí a minha familia e hoje sou empresária no ramo da moda e design. Durante toda a pandemia, tenho respeitado rigorosamente as determinações do governo britânico e praticamente não saio de casa, exceto para atividades essenciais, como ir ao supermercado e atividades físicas no parque”.

Roberta ainda ressalta que esse é o terceiro lockdown imposto na Inglaterra e a lei para quem quebrar o isolamento é valida para todos, sem exceção. “É preciso pensar no coletivo. Se não seguirmos as regras, todos nós seremos prejudicados, um mais que os outros, infelizmente. Alem do mais, você pode ter que pagar uma multa de 10 mil libras ou até mesmo ser preso se quebrar as regras do lockdown”, observa.

A jornalista afirma que o Governo oferece todo o suporte para que a população possa manter-se em isolamento. “Infelizmente essa não é uma realidade de todos os países. Sei que, sem esse suporte, torna-se quase impossível ficar em casa por tanto tempo”, lamenta.

Há cerca de uma semana, Roberta recebeu o convite para ser vacinada. “Pela minha idade não faço parte do grupo prioritário nessa etapa da campanha, então receber o SMS foi totalmente inesperado. As leis aqui são muito sérias e respeitadas, não há favorecimentos. Acredito que algumas doses sobrantes tenham sido distribuídas aos pacientes registrados no meu GP (médico da família) e talvez, por isso, eu tenha sido escolhida. Porém, confesso que tive ansiedade e uma mistura de sentimentos. Satisfação por receber a vacina, mas, de certa forma, incomodada ao saber que outras pessoas poderiam receber antes de mim. Se eu pudesse, enviaria a vacina para os meus avós no Brasil, que ainda não receberam a imunidade. A minha segunda dose jaá está agendada”, revela a mineira.

PLANOS PARA O FUTURO PÓS PANDEMIA E SAUDADES DA FAMÍLIA

Consciente da importância em seguir as orientações adequadas, Roberta exerceu o lado jornalista e entrevistou os agentes de saúde enquanto recebia a primeira dose da vacina. “Percebi que era um momento importante e uma oportunidade de colher informações verídicas dos profissionais. Uma das missões como jornalista é apurar e disseminar informações verdadeiras, como também lutar contra essa avalanche de fake news que vemos por aí. Expor o processo da vacinação, desmistificar e esclarecer quem pode ou não receber a vacina, os efeitos colaterais e o comportamento do antídoto no nosso organismo. Acredito que vincular essas informações nas mídias sociais é uma das melhores formas de trazer entendimento e discernimento as pessoas", conclui.

Após ter recebido a vacina contra o Covid-19, a brasileira segue praticando todas as medidas preventivas, confiante em sua eficácia e aguardando a segunda dose do imunizante. Esperançosa que em um breve futuro o cotidiano possa retornar ao normal, Roberta acredita que o ser humano precisa fazer valer a sua principal diferença em relação aos demais seres vivos do planeta: a racionalidade. “Está na hora de mudarmos nosso comportamento, aprender lições com essa pandemia. A vida é frágil e temos que valorizar cada momento e as pessoas que nos cercam. Somos seres racionais, e precisamos agir como tal, ou o futuro pode ser muito doloroso para as próximas gerações”.

Ao ser questionada sobre qual será a primeira coisa que deseja fazer quando a pandemia passar, Roberta é direta. “Quero abraçar muito as pessoas queridas e voar imediatamente para o Brasil, pois sinto muita saudade da minha família”, finaliza.


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