O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira a taxa média anual de desemprego no Brasil: 13,5% em 2020, a maior já registrada desde o início da série histórica em 2012. Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.
A taxa de 13,5% verificada em 2020 corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país. Segundo o IBGE, no intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual.
A pesquisa mostrou outras mudanças na comparação de 2019 com 2020:
- Taxa de informalidade: passou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, o equivalente a 33,3 milhões pessoas sem carteira assinada.
- Número de empregados com carteira de trabalho assinada (setor privado): 30,6 milhões de pessoas (menos 2,6 milhões, recuo de 7,8%).
- Desalentados (desistiram de procurar trabalho): 5,5 milhões de pessoas em 2020, alta de 16,1% em relação ao ano anterior.
- Trabalhadores por conta própria: 22,7 milhões, uma retração de 6,2% em relação a 2019.
- Rendimento médio: R$ 2.543, com crescimento de 4,7% em relação a 2019.
De acordo com o IBGE, o número de desalentados em 2020 foi o maior da série histórica.
Taxa trimestral
Segundo a pesquisa, a taxa trimestral de desemprego no Brasil foi de 13,9% no trimestre de outubro a dezembro de 2020 e atingiu 13,9 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre anterior (julho a setembro), o cenário é de queda (14,6%),mas em comparação com o mesmo trimestre de 2019, são 2,9 pontos percentuais a mais (11%).
Fonte: Agência Brasil