Idealizado pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), o Dia Mundial do Rim (DMR) tem como objetivo reduzir o impacto da doença renal em todo o mundo, sendo comemorado na segunda quinta-feira do mês de março. Esse ano, a data será celebrada no dia 11 de março. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena a campanha no Brasil, desenvolvendo material informativo e educativo sobre os fatores de risco para a Doença Renal Crônica (DRC) para todas as regiões do país visando estimular os cuidados com a saúde dos rins.
“Um dos objetivos da campanha mundial de 2021 é ressaltar a importância de educar e conscientizar a população sobre os sintomas da DRC e mostrar que o paciente renal pode ter qualidade de vida e, conviver bem com a doença, seu tratamento e suas diversas fases”, comenta o médico Osvaldo Merege Vieira Neto, presidente da SBN.
O empoderamento do paciente, sua autonomia, envolvimento e resiliência também são tópicos importantes da campanha. O diagnóstico da doença renal crônica pode ser um grande desafio para o paciente, seus familiares, amigos e pessoas do seu convívio social. “Por isso, é fundamental todos entenderem que a DRC, embora apresente sintomas e exija cuidados e gerenciamento com profissionais da saúde, é uma patologia que pode (e deve) ser controlada com tratamentos que visam longevidade, aliviam os sintomas e restauram/substituem a função renal”, explica Merege.
Para o presidente da SBN, o DMR deste ano repetirá o grande sucesso dos anos anteriores, com um número cada vez maior de atividades, sendo o Brasil o atual campeão em ações em todo o mundo. “Para isso, há o engajamento de diversos profissionais de saúde, assim como da maioria dos associados da Sociedade.”
Com o tema “Vivendo Bem com a Doença Renal”, diversas atividades serão realizadas no Brasil visando ressaltar a importância da saúde renal e conscientizar as pessoas sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce da DRC.
Sobre a Doença Renal Crônica
A doença renal crônica se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências. Os rins têm muitas funções, dentre elas regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras. Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não há sintomas ou são poucos e inespecíficos. Por isso, o diagnóstico pode ocorrer tardiamente, quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, muitas vezes em estágio muito avançado, sendo necessário o tratamento de diálise ou transplante renal. Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, com exames de baixo custo, como a creatinina no sangue e o exame de urina simples.