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Ele não vai querer vir embora

Legista sobre Caso Henry: 'essa criança foi espancada de maneira violenta'

Menino não queria retornar ao apartamento do padrasto e mãe mostrava preocupação com o fato


O casal Dr. Jairinho e Monique em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, na TV Record. Foto: Reprodução TV Record

A morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, ocorrida na madrugada de 8 de março, no Rio de Janeiro, ainda é cercada por mistérios. A mãe, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, falaram em "acidente" para o jornalista Roberto Cabrini, em entrevista na TV Record. Já o pai da criança, o engenheiro Leniel Borel, pede uma investigação rigorosa. A polícia civil apura o caso.

No laudo de necropsia, a perícia constatou múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.

O professor titular de Medicina Legal da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Nelson Massini afirmou ao site UOL que, ao analisar o laudo de necropsia, é possível afirmar que a criança sofreu uma ação violenta contra o corpo. "Essa criança foi espancada de maneira violenta, pelo laudo médico legal a criança tem sinais de violência física severa que atingiu a cabeça, pulmão, abdômen, rompimento de fígado, rim e várias equimoses. É um negócio de uma gravidade muito grande", disse ele.

Henry não queria voltar para a casa do padrasto

Mensagens obtidas pelo "Fantástico", da TV Globo, mostraram a conversa entre os pais de Henry no domingo (7), dia em que a criança seria devolvida à mãe. Nelas, ambos dão a entender que Henry não gostaria de retornar ao apartamento do padrasto - e a mãe mostra preocupação.

Com a criança sob os cuidados do pai durante o final de semana, a mãe escreveu sobre as atividades de rotina do filho, contando que ele fazia natação, escolinha de futebol e judô, e que ainda queria matriculá-lo em aulas de teatro.

O pai respondeu: "Tudo ótimo! acho muito legal". Em seguida, ele mandou foto do garoto brincando com amigos, ao que a mãe disse: "Fico feliz que esteja bem". No dia seguinte, no domingo, Monique voltou a digitar: "Lê (Leniel), como vocês estão? Já estou apreensiva desde a hora que acordei. Porque ele não vai querer vir embora".

O pai declarou: "Olá, Nique. Estamos brincando. Vai querer sim, tenho conversado com ele que tem escola, futebol, mamãe com saudade". Em seguida, Monique afirmou: "Só não aguento o choro para não vir. Me desestabiliza totalmente. Fico muito, muito triste. Quando puder trazer me avisa. Vai ser uma choradeira sem fim mesmo".

Leniel então respondeu: "E o pior é que ele mexe com o meu psicológico falando que fico pouquinho com ele." Monique complementou: "Acordo mal, fico mal, fico horrível". Já Leniel: "Calma, estamos no processo".

Minutos antes de o garoto ser entregue à mãe, o pai ainda recebeu as mensagens: "Hoje será uma noite difícil. Sempre que ele chega é assim. Eu parei a minha vida para estar ao lado dele e não adianta. Eu sei o que passo diariamente", "Uma criança de 4 anos desestrutura a gente, mas não pode comandar", "Temos que ser firmes, fazer o nosso melhor", escreveu Monique, de acordo com a reportagem.

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