Investigadores da 76ª DP (Centro de Niterói) e da 81ª DP (Itaipu), em ação integrada com o 1º Cerco (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil do Estado de São Paulo, prenderam Nathanael Wagner Ribeiro Rodrigues, conhecido como “Nathan”, de 30 anos, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nathan, que tentava montar um laboratório de anabolizantes em Niterói, foi atacado a tiros por criminosos rivais e preso por policiais civis no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, Niterói, onde recebia atendimento. Ele havia passado por uma cirurgia na unidade.
Baleado no Engenho do Mato
Segundo a Polícia Civil, ele e outro homem foram baleados na noite de terça-feira (30), no bairro do Engenho do Mato, Região Oceânica de Niterói. Os agentes apuraram que os responsáveis pelo ataque foram criminosos rivais, que queriam impedir que Nathan instalasse um braço do PCC na cidade, para comércio ilegal de medicamentos falsificados e anabolizantes. O outro ferido não possuía pendências com a Justiça.
Contra ele, foram cumpridos mandados de prisão preventiva pelos crimes de associação criminosa, falsificação ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e exercício ilegal da profissão farmacêutica. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Criminal do Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
Falsificador e contrabandista
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o criminoso estava foragido há 4 meses, quando policiais do CERCO estouraram um grande laboratório onde ele falsificava medicamentos e estocava anabolizantes contrabandeados. Na ocasião foram apreendidos mais R$ 1 milhão em medicamentos e insumos, mas ele conseguiu fugir. Integrante do PCC, facção criminosa que domina o Estado de São Paulo, Nathan possuía permissão para instalar os laboratórios clandestinos no interior das favelas para evitar a ação da polícia.
Ainda de acordo com a investigação, o acusado também foi um dos alvos da “Operação Proteína”, deflagrada no ano de 2017. Na ocasião, a Polícia Federal investigou e prendeu ele e mais 17 pessoas acusadas de falsificar medicamentos e comercializar anabolizantes ilegais. Segundo a Polícia Civil, ele permanecerá sob custódia no hospital e ao receber alta será transferido para o sistema prisional onde ficará à disposição da justiça.