Vários setores da economia sofreram o impacto da pandemia do novo coronavírus, e o mercado imobiliário não ficou de fora dessa lista.
Durante o período de isolamento social, construtoras, imobiliárias e proprietários precisaram se reinventar para não perder locatários e compradores.
Quem mora de aluguel sofreu com rendimentos reduzidos ou a perda de emprego. O início da pandemia trouxe muitas incertezas.
Mas, mesmo diante desse contexto caótico, foi possível observar resultados positivos e sinais de melhoria na economia nos meses mais recentes.
O cenário no Rio de Janeiro
Estamos falando de uma das cidades mais turísticas do mundo. Logo, não é espantoso que o mercado imobiliário esteja há alguns meses recuperando a saúde.
2020 foi um ano totalmente fora do padrão. Mas a capital fluminense mostra uma capacidade impressionante de se adaptar.
Em 2017, o setor imobiliário já projetava baixas expectativas para 2020. Porém, ao final de 2020, os negócios se recuperaram e tiveram um fechamento parecido com o de 2019, ano em que houve uma melhoria gradual.
De acordo com informações da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), o segundo semestre do ano passado apresentou alta, consolidando a chamada “recuperação em V”, quando o crescimento é tão rápido quanto a queda.
Um ponto que tem deixado os investidores satisfeitos na área de imóveis, principalmente quando o assunto é casas à venda no Rio, é que os valores do m² na cidade têm tido estabilidade. Com aumento significativo de 0,9%, nos últimos meses do ano passado. Diante do período atípico que vivemos, essa manutenção de valores é extremamente positiva e animadora.
Já no início do ano de 2021, foi registrada nova alta. Os valores para imóveis residenciais na Cidade Maravilhosa apresentaram crescimento de 1,6% e manteve o título de metro quadrado mais caro do país.
A incerteza atual é temporária?
Especialistas afirmam que o mercado imobiliário está passando por um momento de transição, mas está se adaptando. Principalmente frente às novas operações imobiliárias.
Existe uma alta na demanda em relação aos imóveis residenciais, principalmente aqueles que possuem características como espaços maiores para lazer, ambientes onde seja possível montar um escritório e zonas abertas, ao ar livre.
Quanto aos imóveis comerciais, o levantamento aponta que esses sofreram queda, justamente pelo fato de hoje ter uma demanda maior por imóveis residenciais onde é possível fazer um home office.
Não são poucos os relatos de empresários que devolveram o imóvel comercial alugado com a justificativa de que o momento exige que parte dos seus profissionais estejam agora e por tempo indeterminado, trabalhando de casa.
Não só em aluguéis, mas em compras de propriedades, é possível sentir que os valores deram uma arrefecida. Mas isso não é regra e muda de cidade para cidade, depende da região e do mercado local.
Pontos positivos para o mercado imobiliário no Rio
No começo da pandemia, as incertezas eram maiores. Algumas das empresas acabaram diluindo um pouco os valores dos imóveis, mas só como uma forma de desconto para estimular um pouco as vendas. Mas, a estratégia já não está sendo tão frequente como antes.
A retomada dos lançamentos tem colaborado, os imóveis residenciais e, principalmente os loteamentos estão com as vendas aquecidas. O reflexo disso são as principais companhias do setor com uma alta considerável na bolsa de valores.
Com a pandemia, novas oportunidades precisaram ser criadas.
Um novo formato nas relações comerciais foi aprendido. Corretores imobiliários se reinventaram no que diz respeito ao atendimento ao cliente e o período garantiu que esforços fossem realizados para facilitar as transações.
Pudemos também acompanhar um avanço surpreendente na tecnologia. Cada vez mais ferramentas online facilitam a vida de quem pesquisa por imóveis na internet.
É possível, por exemplo, pesquisar a região, realizar análises de mercado e negociar com compradores e vendedores de maneira remota. Além disso, há facilidade para conhecer profundamente os empreendimentos através de tours virtuais e facilitar a burocracia realizando a simulação de financiamento com praticidade, sem custo ou a necessidade de se expor.
Como ficam os cuidados para aquisição e locação de imóveis na pandemia?
A pandemia trouxe inúmeros problemas para o mercado imobiliário brasileiro. Um reflexo das consequências do contexto mundial em que estamos. Com isso, confira quais são os cuidados para quem quer alugar um imóvel.
Nesse sentido não há alteração em relação às praticadas anteriormente. Toda transação imobiliária, seja na locação ou aquisição de propriedade, demanda uma série de cuidados e essa prudência permanece a mesma.
Na locação de um imóvel podemos destacar alguns pontos importantes que não podem faltar para a elaboração de um bom contrato:
? bem redigido;
? que aborde todas as questões pertinentes ao ímovel;
? juridicamente alinhado com a legislação
? tipo de atividade que será exercida no imóvel.
E no caso de aquisição de propriedade, para a elaboração de um bom contrato também são necessárias algumas primícias:
? Estabelecimento de prazos;
? Descrição de valores,
? Importante realizar a due diligence (diligência prévia) dos envolvidos, proprietários.
Em caso de compra com a construtora ou incorporadora, é importante analisar a saúde financeira da empresa.
Para as duas situações, caso o imóvel pertença a uma pessoa física, é importante fazer todos os diagnósticos para que os riscos na transação sejam os mínimos possíveis (análises de certidões negativas).
No quesito renegociação de valores, principalmente na questão de renovação de aluguéis, o que vale é o bom senso dos dois lados. As partes devem trabalhar para manter um relacionamento saudável a longo prazo.
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