Nesta segunda-feira (dia 26), entra no cronograma de vacinação contra o coronavírus, no Rio de Janeiro, o grupo de comordidades. Pessoas que tem diabetes, doença pulmonar, doença renal, doenças cardiovasculares, indivíduos transplantados, com anemia, câncer, obesidade mórbida e hipertensão. Esta última doença atinge hoje, milhões de brasileiros e, segundo o Ministério da Saúde, apenas 10% deles fazem o controle adequado.
A cardiologista da Clinica Villela Pedras, Renata Christian Félix, explica que existem dois tipos de Hipertensão Arterial Sistêmica: primária ou essencial e a secundária. A Hipertensão Arterial Primária corresponde a mais de 90% dos casos da doença. Não tem uma causa definida, mas sim fatores que predispõem o desenvolvimento da doença. Além do estresse, que pode estar relacionado, os principais fatores associados à hipertensão arterial, são: o excesso de peso, o consumo excessivo de sal, o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo e a genética do indivíduo.
"Geralmente a Hipertensão Arterial é silenciosa. Muitas vezes as pessoas associam uma dor de cabeça, a sintoma de pressão alta. Mas com frequência a dor é que aumenta a pressão, devido ao estresse que causa. Nossa pressão arterial não é a mesma o tempo todo. Ela fica mais baixa, quando estamos dormindo ou descansando, e é mais alta ao passarmos por momentos de estresse ou dor, voltando ao normal quando esse período passa. Isso não significa que a pessoa seja hipertensa, mas apenas uma resposta do organismo à situação vivida", afirma a médica.
Ainda segundo a especialista, a Hipertensão Arterial é mais comum após os 50 anos de idade. No entanto, com o aumento do sobrepeso na população e o consumo de alimentos industrializados, que contêm muito sal e gordura, está cada vez mais comum a identificação da doença em indivíduos jovens.