As doses eram oferecidas por valores que variam entre R$ 400, para vacinas para a primeira dose, e R$ 600, para a segunda aplicação.
Em áudios do grupo, o homem diz que em um dia tinha entregue 50 vacinas, mas não há confirmação de que essas doses existam, segundo a polícia, já que nenhum material foi encontrado com ele ou no local onde foi preso, rua Presidente Kennedy, no Jockey.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito falava que era necessário esperar 21 dias para tomar a segunda dose, o que leva a entender que a vacina oferecida era da Coronavac. Mas em fotos enviadas no grupo pelo suspeito, havia uma dose da Pfizer, vacina ainda não disponível no país.
Segundo os agentes, o homem alegava ter conseguido as doses com a diretoria da Beneficência Portuguesa. Informação que foi desmentida pelo diretor da instituição, Renato Faria.
"A Beneficência não tem acesso a vacinas. Provavelmente o rapaz citou o nome da Beneficência Portuguesa por conta do prestígio da Beneficência na luta contra o coronavírus. Mas nós não temos nenhum envolvimento com vacinas", explicou Renato Faria.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito utilizava a conta da sogra para receber depósitos das vítimas.
Os agentes conseguiram o endereço do homem a partir da conta telefônica usada por ele.
Quando os policiais chegaram ao local, o suspeito pulou do terceiro andar para tentar fugir, mas quebrou o pé e foi detido. Ele está sob custódia no Hospital Ferreira Machado.
O suspeito tem passagens pela polícia por homicídio qualificado, tráfico e associação ao tráfico.