Uma pesquisa realizada pela Serasa, de fevereiro a março de 2021, revela que cerca de 62,5 milhões de brasileiros estão com alguma dívida em atraso, mais da metade da população adulta do país. Além disso, esse número cresceu em mais de 1 milhão de pessoas no intervalo de um mês. A região sudeste está no topo da lista com o maior número de pessoas endividadas. A Serasa iniciou mais uma campanha de renegociação de dívidas para consumidores inadimplentes.
Para o advogado e especialista em recuperação de crédito, Luiz Felizardo Barroso, a importância do Feirão Limpa Nome do Serasa é indiscutível, pois muitos devedores inadimplentes sequer sabem que seus credores estão sempre dispostos a negociar com seus devedores, oferecendo – dependendo da idade de seu crédito – condições irrecusáveis para a liquidação do débito, com perdão dos juros, da correção monetária e, muitas vezes até parte do capital principal.
O advogado afirma que a desorganização financeira pode causar danos irreparáveis aos devedores inadimplentes e recalcitrantes. “As pessoas desorganizadas financeiramente vivem correndo atrás do prejuízo, com diminuição de suas defesas pessoais, contraindo doenças, sem causa aparente”, acrescentou.
A principal dica do especialista para se organizar financeiramente parece óbvia, mas não é: não gastar mais do que ganha. Resistir às compras de impulso e às aquisições do supérfluo é o grande segredo. Evitar a companhia de pessoas que não sejam de seu nível de vida também ajuda a não cair em tentação. “Anote todos os seus gastos; todos sem exceção. Vigie seus tostões, porque os milhões se vigiam sozinhos”, afirma o advogado. Para evitar as dívidas, o especialista insiste: “Pague tudo à vista. Fuja do cartão de crédito e do cheque especial”, disse Felizardo.
A reabertura do Feirão apresenta uma ótima oportunidade. De acordo com Barroso, ele oferece propostas irrecusáveis para quitar suas dívidas, pois, na maioria dos casos, aquelas contraídas junto aos bancos, por exemplo, já foram por estes recebidas, indiretamente, pelo abatimento no seus Imposto de Renda, e pela liberação do compulsório respectivo, junto ao Banco Central.
“Qualquer proposta, pelo valor mais baixo possível, deverá ser aceita pelos credores, ou não estariam no Feirão Serasa. Suas condições são imbatíveis”, reforça o advogado. Para quem está interessado ainda em poupar, Felizardo garante: “A melhor maneira de juntar dinheiro é gastar menos do que se ganha. Fazer uma poupança forçada, comprometendo-se, todo mês, a poupar o mínimo que puder”, finaliza Barroso.