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Mãe diz que foi manipulada e quer dar outra versão da morte de Henry Borel

Arrependida, Monique Medeiros escreve carta ao filho que faria 5 anos nesta segunda-feira se estivesse vivo

Por Portal Eu, Rio! em 03/05/2021 às 12:20:47

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Monique Medeiros, investigada sobre a morte do próprio filho Henry Borel, se diz arrependida e alega ter sido manipulada pelo vereador Dr. Jairinho (PSL) ao prestar o primeiro depoimento sobre o caso. Ela quer dar uma nova versão, desta vez, com a verdade sobre os fatos que levaram a morte do menino, que faria 5 anos nesta segunda-feira (2).

Para a polícia, Dr. Jairinho foi o responsável pelas agressões que provocaram a morte de Henry. O vereador convivia com a mãe e o menino desde a metade do ano passado. Impossibilitada de fazer o pedido ao delegado através de seus advogados por estar isolada e com covid-19, ela se comunicou através de cartas se posicionando como vítima:

“Senhor delegado, peço humildemente que o senhor me dê mais uma chance em ser ouvida. Preciso dar a versão verdadeira do que aconteceu. Esse relato é apenas um desabafo de uma mãe que clama pela verdade. Há muito a ser dito e muito a ser esclarecido, sem mentiras, sem treinamentos e sem inverdades. Eu estava sendo manipulada sem perceber”.

“Todas as vezes que tentava procurar uma maneira de me desvencilhar e tentar contar a verdade, eu era impedida. E foram muitas vezes. Quando fui presa, fui humilhada, fui xingada, fui desmoralizada, fui apedrejada, ameaçada, mas fui libertada. Não existe dor maior ou pena maior do que perder um filho. Não existe um deserto pior. Não há um dia que o meu coração não sangre pela morte do meu filho amado”.

“Todos os dias peço para que Deus me tire o ar para eu poder reencontrar o meu tesouro no reino dos céus. Sou uma mãe desesperada e que daria qualquer coisa para ter o meu filho em meus braços novamente”.

Ex-marido não perdoa

Em outra carta, Munique pede perdão ao ex-marido, o pai de Henry Borel, e disse que gostaria de voltar ao passado, fazer tudo diferente, morar no fundo da casa dos pais e ter uma vida simples. Leniel Borel não aceita as desculpas.

“Como a gente vai falar para a sociedade como uma mãe que foi omissa, uma mãe que, por ganância, abandonou tudo que ela tinha e agora simplesmente “a vida vai voltar atrás”? Como vai voltar atrás? A gente é responsável por nossas escolhas”, disse em reportagem para a CNN.

Monique também escreveu uma carta de aniversário para o filho morto:

“Queria estar preparando agora a sua mesa de aniversário com bolo de chocolate, suco de uva, pizza, brigadeiros e muitas coxinhas de frango (como você gostava). Você sabe a mamãe que fui par ti! E isso me basta, filho! O mundo pode não saber, mas você sim.

"Te amarei para sempre, até o fim dos meus dias.

"De sua eterna e apaixonada

"Mãe”.

O delegado Henrique Damasceno ainda não decidiu se ouvirá Monique novamente.

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