O Atlético-MG venceu o América de Cáli-COL, por 2 a 1, nesta quinta-feira, no Estádio Romelio Martínez, em Barranquilla. O time brasileiro abriu o placar com o centroavante Hulk, aos 21’ do primeiro tempo, e o atacante Moreno empatou três minutos depois. No segundo tempo, aos 9’, o lateral-esquerdo Arana voltou a colocar o Galo na frente e Vargas selou o placar com um belo gol no último lance, aos 51’. Com o resultado, o Atlético-MG, líder do Grupo H, é o segundo brasileiro a garantir vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores. O Palmeiras foi o primeiro. O América de Cáli está em último e eliminado do torneio.
O jogo foi transferido de Cáli, cidade do América, mas os conflitos entre policiais e populares também ocorreram na cidade costeira onde a partida foi realizada. E o que acontecia dentro de campo importou menos do que os embates fora dele. São episódios que se repetem desde que os confrontos tiveram início na semana retrasada, incluindo outras partidas que tiveram cidades e estádios alterados. O Fluminense teve que enfrentar o Junior Barranquilla, da cidade de Shakira, em Guayaquil, no Equador.
Estampidos de bombas explodindo foram ouvidos ao longo da transmissão na televisão, devido a confrontos entre a polícia local e manifestantes que têm protestado contra a reforma tributária que o governo de Iván Duque tenta aprovar. No primeiro domingo de maio (4), o governo colombiano voltou atrás e pediu ao Congresso local para revisar o texto, para que seja "fruto de consenso, de modo a evitar incerteza financeira".
Em diferentes momentos da transmissão no Fox Sports, a equipe do canal lamentava que o árbitro uruguaio Andrés Cunha não tivesse encerrado o jogo antes do tempo regulamentar. A partida passou por sucessivas interrupções porque o gás lacrimogêneo chegou ao estádio e afetou a respiração de atletas, comissões técnicas e da própria equipe de arbitragem. No primeiro tempo, os descontos chegaram a onze minutos, mas faltando três dos acréscimos o gás lacrimogêneo dos conflitos nas proximidades do estádio obrigou o juiz a fazer as equipes se abrigarem no vestiário.
O assunto também repercutiu nas redes sociais, chegando aos trending topics no Twitter Brasil, como na solidariedade prestada por André Rizek, do SporTV, aos colegas da Fox Sports, que registraram o inconformismo com a continuidade da partida em meio a protestos reprimidos de forma violenta.