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Feminicídio bate recorde e Câmara lança campanha em favor da mulher

Diante de dezenas de casos, cantora reforça o combate ao feminicídio com música

Por Claudio Rangel em 15/05/2021 às 10:25:50

Cantora Aninha Portal grava música denunciando a violência contra as mulheres. Foto: Divulgação

O feminicídio continua em alta este ano. Dados divulgados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) indica a ocorrência de 26 casos no primeiro trimestre de 2021, quinze a mais do que o mesmo período do ano passado. Nesta semana, a Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados lançou a campanha "Nem Pense em Me Matar — Quem mata uma mulher mata a humanidade!”.

Promovida pelo Levante Feminista contra o Feminicídio, a ideia da campanha é da deputada Erika Kokay (PT-DF). Ela afirma que o Parlamento também deve estar em "sinergia com os objetivos da iniciativa do Levante Feminista, de modo a reafirmar a defesa intransigente dos direitos das mulheres".

Segundo a Rede de Observatório da Segurança, o ano de 2020 foi marcado por mortes de cinco mulheres por dia e a violência contra a mulher, o que inclui o feminicídio, configurando assim, a terceira posição do ranking de eventos monitorados pela Rede. Entre os mais de 18 mil eventos relacionados à segurança pública e a violência, 1.823 se referem aos crimes de gênero contra a mulher.

Cantora levanta a voz

O combate contra o feminicídio está presente também na música. A cantora Aninha Portal é uma das vozes de alerta contra a violência sofrida pela mulher. Segue a todo vapor nesta pandemia. Lançado em fevereiro, o single e clipe da cantora e compositora simboliza o momento.

O clip da música “Marias”, do EP “Tempo de Realizar”, está no Youtube nas redes sociais ressaltando a importância da denúncia no caso de violência contra as mulheres.

De autoria de Vagner Almeida, Marcio Alexandre e Marcelinho Moreira, o samba fala da diversidade da condição feminina, das desigualdades sociais de classe e de raça. Para a cantora, gravar o clipe foi uma experiência única.

“Não há mais espaço dentro da sociedade de nos calarmos diante das agressões sofridas, é preciso pedir socorro sem medo de denunciar, além da importância da união feminina. É preciso meter a colher sim! Afinal. Maria sou eu, são vocês, somos nós!”

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