Um asteroide foi descoberto a 56 milhões de quilômetros da Terra e deve atingir nosso planeta em apenas seis meses. Calma! Esse cenário de filme-catástrofe de Hollywood (ainda) é fictício, mas foi simulado no mês passado por cientistas da Nasa, e o resultado não foi nada animador.
Se um asteroide fosse descoberto tão pertinho da Terra não haveria nada a ser feito. Segundo os cientistas, ainda não há tecnologia para impedir o asteroide de atingir nosso planeta em tão pouco tempo. Hoje, os especialistas demorariam de cinco a dez anos para deter uma catástrofe desse tipo. "O tempo é a commodity mais valiosa que poderíamos desejar se formos confrontados com uma ameaça real de asteroide", disse o astrônomo Richard Binzel, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em entrevista ao site "Business Insider".
A Nasa conta com três maneiras para tentar impedir que um asteroide colida com a Terra.
No ano que vem, a Nasa deve mandar uma sonda até o asteroide Dimorphos para atingi-lo e testar essa hipótese. Mesmo assim, qualquer uma dessas opções levaria anos para funcionar.
Outro problema enfrentado pelos cientistas é que a maioria dos asteroides que deve passar perto da Terra ainda não foi identificada. A Nasa avistou apenas 40% desses objetos. "Isso significa que, por enquanto, contamos com a sorte para nos manter a salvo de grandes impactos de asteroides", disse Binzel.
Na simulação recente da Nasa, os cientistas participantes não sabiam o real tamanho do asteroide hipotético até uma semana antes da rocha atingir nosso planeta. E, claro, que isso importa. Um asteroide de 35 metros pode explodir na atmosfera e enviar ondas de choque, mas um de 500 metros pode dizimar uma cidade inteira.
Por isso, para impedir conseguir que um asteroide atinja a Terra é necessário entender o máximo possível sobre o objeto. Isso inclui seu tamanho, o caminho que ele percorre ao redor do Sol e de que é feito. Com essas informações, os cientistas podem avaliar as estratégias possíveis.