A morte por covid-19 é responsável por 71,6% do desligamento do emprego entre os trabalhadores com carteira assinada da área da Saúde. De acordo com o boletim Emprego em Pauta, do Dieese, o sistema celetista registrou no primeiro trimestre de 2021 o triplo de baixas entre os médicos, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. A categoria lidera a estatística.
O fenômeno atinge também outros profissionais. As empresas de saúde que empregam enfermeiros com carteira assinada viram duplicar o aumento de mortes desses profissionais entre janeiro e março deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
A exposição ao novo coronavírus por parte de quem tem vínculo empregatício foi grande entre os profissionais de saúde. Nas atividades de atenção à saúde humana, o desligamento por morte cresceu 75,9%.
O Amazonas foi o estado onde houve a maior ampliação desse tipo de desligamento: 437,7%.
Em seguida, estão Roraima, Rondônia e Acre. No estado de São Paulo, o mais populoso do país, os desligamentos por morte cresceu 76,4%, passando de 4,5 mil para 7,9 mil.
Entre outros profissionais, os números também são elevados. Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2020, o destaque para o aumento das mortes de profissionais de Eletricidade e Gás, cujo índice é de 142,1%. Já entre os profissionais de Comunicação e informação o índice é de 124,2%. Os profissionais da área de Educação também sofrem. A covid-19 vitimou 106,7% desses profissionais com carteira assinada.