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Polícia prende 16 traficantes em Belford Roxo na busca por garotos sumidos

Bandidos do Complexo do Castelar são acusados de instaurar 'Tribunal do Tráfico' na região, além de roubar veículos e cargas

Por Portal Eu, Rio! em 21/05/2021 às 08:29:46

Policiais buscam traficantes na comunidade do Castelar, em Belford Roxo. Foto: Divulgação Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio realizou hoje (21) uma operação no Complexo do Castelar, na Baixada Fluminense, para prender traficantes investigados, entre outros crimes, pelo sumiço de três meninos em Belford Roxo, há quase cinco meses. Dezesseis pessoas foram presas na ação.


Lucas Matheus (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos): desaparecidos desde dezembrodo ano passado. Foto: Divulgação Polícia Civil

Equipes saíram da Cidade da Polícia às 5h30 para cumprir 24 mandados de prisão. Um blindado deu apoio a 150 policiais.

Falsa acusação

Segundo as investigações, a quadrilha do Complexo do Castelar acusou falsamente uma família pelo sumiço dos meninos para prejudicar o trabalho dos policiais. Agentes disseram que um pai chegou a ser torturado e obrigado a deixar a favela com a companheira e os quatro filhos.

O bando também é investigado por instaurar um “tribunal do tráfico” na região e por roubar veículos e cargas em toda a Baixada Fluminense. A polícia não informou se os garotos estão vivos.

Lucas Matheus (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) não são vistos desde 27 de dezembro, quando foram para a Feira de Areia Branca, a 3 km de casa, no Castelar.

Linha de investigação

A única linha de investigação era a de que os traficantes estavam envolvidos no caso. Uma força-tarefa foi criada no mês passado para agilizar os trabalhos.

No começo de março, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) encontrou imagens de câmeras de segurança que mostraram que os garotos passaram pela Rua Malopia, no bairro vizinho. Essa prova surgiu mais de dois meses depois.

Segundo os familiares, a investigação começou tarde demais. As primeiras testemunhas foram ouvidas somente uma semana depois que as famílias procuraram a polícia para comunicar o desaparecimento.

Já a polícia diz que ouviu todas as pessoas necessárias à medida que conseguia informações. Cerca de 80 diligências foram feitas.

A Defensoria Pública considera que essa é uma investigação difícil e fez recomendações para a polícia atuar com mais rapidez em casos de crianças desaparecidas.

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