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Dia Mundial do Meio Ambiente no Vale do Café

História e sustentabilidade na experiência dos visitantes na região

Por Portal Eu, Rio! em 04/06/2021 às 16:29:16

Foto: Divulgação Jardim Uaná Etê/Diego Mendes

O café foi responsável por sustentar a economia do império brasileiro mas também foi o maior causador da exaustão do solo. A região Vale do Café, RJ, que concentrou maior produção de café no século 19, manteve diversos exemplares de belezas arquitetônicas, mas perdeu a antiga paisagem de Mata Atlântica fechada.

Para resgatar a fertilidade e beleza natural da região, negócios turísticos vem inserindo projetos ecológicos e sustentáveis, que também atraem o público para participar e aprender sobre o assunto.


Foto: Divulgação Jardim Uaná Etê/Diego Mendes

Entre eles está a Fazenda São Luiz da Boa Sorte , que além de além de promover o conhecimento da história, investe na preservação de um bem fundamental à vida: a água.

A fazenda é sede do Projeto Mata D’água, inspirado na agricultura sintrópica que foi difundida no Brasil pelo suíço Ernst Götsch. O projeto consiste na recuperação das nascentes através do plantio de mudas típicas da Mata Atlântica e proteção da área, com ações desenvolvidas em parceria com técnicos e alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE).

"As raízes das plantas penetram o solo e auxiliam na reconstrução do lençol freático, trazendo de volta seu funcionamento natural como reservatório de água", comenta Nestor Rocha, guardião da Fazenda São Luiz.


Foto: Divulgação Jardim Uaná Etê/Diego Mendes

Os hóspedes da fazenda também podem participar da atividade, plantando mudas ao longo da área de proteção. Alunos de várias escolas já participaram do projeto, passando dias plantando e aprendendo a importância da manutenção da cobertura vegetal.


Foto: Divulgação

A Fazenda Alliança Agroecológica é uma das fazendas que mais produziu café no século 19 e optou por deixar os métodos de produção extensiva no passado. Desde que começou a ser gerida pela família Durini, a Alliança passou a ser modelo em produção sustentável e orgânica de alimentos, sem uso de pesticidas ou preparados sintéticos.

O adubo é produzido na própria fazenda em pequenas "biofábricas" que funcionam em tonéis, produzindo insumos a partir de elementos naturais e subprodutos locais. Segundo o técnico responsável, Guido Carrilho, a fazenda investe na agricultura renegenerativa do solo, aumento da biodiversidade e do cuidado com a água, respeitando os ciclos da natureza.

Com mais de 120 hectares de Mata Atlântica preservada, a Alliança foi pioneira na produção de búfalos orgânicos no estado do Rio. Também possui produção de hortaliças, cana, bananas e mais de 100 produtos diferentes. A mais recente produção é a de café especial, o único orgânico certificado da região. O circuito do café, inclusive, é o trajeto oferecido aos visitantes para conhecer o antigo caminho do café e o processo de produção atual na fazenda.


Foto: Divulgação

O café orgânico também cresce e aparece na Fazenda das Palmas, fazenda histórica que investe em sistemas agroflorestais para recuperação de áreas degradadas. O café sombreado é tido como alternativa sustentável, já que ele cresce perto de outras culturas, recebendo e fornecendo nutrientes para o sistema que existe ao seu redor.

Entre as atividades oferecidas pela fazenda estão a visita ao cafezal e workshops e oficinas ligadas à práticas agroflorestais. Sérgio Olaya, agrônomo responsável pelo desenvolvimento dessa ideia, conta que o projeto visa ampliar as áreas e colaborar com um novo modelo de agricultura para região. "Instaurar os sistemas agroecológicos, assim como ocorrem na natureza, irá beneficiar a preservação do clima, da água e dos animais, que são atrativos da nossa região".

Quem quiser se sentir parte dessa experiência de recuperação da paisagem natural, precisa conhecer o Jardim Ecológico Uaná Etê. Antes de receber mais de 30 mil mudas, a área de 135.000 m2 havia sido destruída pela agricultura por anos. Hoje, Uaná é templo da proteção ambiental, com instalações artísticas que promovem a integração com a natureza, além de promover plantios e visitas a espaços com flores sazonais como o campo dos girassóis e das lavandas.


Foto: Divulgação Jardim Uaná Etê/Diego Mendes

Passeios em conexão com a natureza também são a proposta do espaço Le Vélo Montagne, perto do Lago do Javary, em Miguel Pereira. Os proprietários estimulam passeios de bicicleta oferecendo estrutura para vestiário e banho dos ciclistas, além de cardápio generoso com produtos da região. "Investir no turismo ecológico é uma maneira de investir na conservação, já que esse turista traz consciência ecológica e vê projetos de reflorestamento com muito bons olhos", conta Daniel Guimarães, do Le Vélo.

SERVIÇO:

Vale do Café Rio

Os locais citados na matéria fazem parte do grupo "Vale do Café Rio", que existe há 5 anos para divulgação do turismo na região Vale do Café, RJ.

@valedocafe - Instagram | @valedocaferio - Facebook

Integrantes:

Cachaça Werneck

Cachaça especial e orgânica produzida em Rio das Flores, RJ, entregas no Rio.

Contato: (24) 99298-9900 | (24) 99298-9998

Fazenda Alliança Agroecológica

Visitação ao circuito histórico e de produção do Café especial.

Reservas: (24) 98807-6146

Fazenda das Palmas

Visitação, hospedagem e workshops.

Contato: (21) 97634-0561

Fazenda São Luiz da Boa Sorte

Visita guiada Museu do Café e hospedagem.

Reservas: (21) 99250-9798 | (21) 96823-9954 | (21) 96823-9358 |

Jardim Ecológico Uaná Etê

Visita e ingresso estendido para pernoite.

Contato: (24) 98878-1551 (Whatsapp) | (24) 2468-1550

Le Vélo Montagne

Contato: (24) 2484-4811 | (24) 99928-6108

Hotel Santa Amália

Hospedagem, almoço e Day Use.

Contato: (24) 2471-1200 | (24) 98839-8728

Vila Hibisco Pousada & Apart

Hospedagem.

Contato: (24) 2491-2535 |2471-3356

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