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Rio adianta medidas contra quarta onda da pandemia

Castro quer evitar erros de Witzel, como a desmobilização precoce de leitos de UTI, e amplia estoques de kit intubação e respiradores artificiais

Por Portal Eu, Rio! em 06/06/2021 às 11:29:52

Manutenção dos leitos de UTI visa evitar lacunas no atendimento em caso de nova aceleração de casos, problema enfrentando entre a primeira e a segunda ondas da pandemia. Foto: Agência Fiocruz

O Estado do Rio de Janeiro adianta providências para não ser surpreendido por uma eventual quarta onda de Covid. O governador Cláudio Castro explicou que as três primeiras ondas da doença propiciaram uma 'curva de aprendizado', evitando a repetição de erros como a desmobilização precoce dos leitos. Castro também mandou fazer um estoque de kit intubação (sedativos e analgésicos indispensáveis para a manobra) e respiradores mecânicos, para ventilação artificial, essencial nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

"A gente já tá se preparando sim, fazendo a manutenção dos leitos abertos. Entre a 1ª e a 2ª onda, a gente teve uma desmobilização grande de leitos, que a gente já não deixou acontecer da segunda para terceira onda e agora também mantemos os leitos abertos. A gente entende que com essa proteção e analisando os dados dia a dia como a gente está a gente vai conseguir, caso venha uma 4ª onda, a gente vai ter capacidade de entrentá-la", afirmou Castro, durante a entrega da primeira leva de cartões Supera RJ, o auxílio emergencial fluminense, na quadra da Beija-Flor, em Nilopólis, na Baixada Fluminense.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a explicação do governador Cláudio Castro sobre as providências para garantir o atendimento de pacientes face a um eventual novo aumento dos casos de Covid-19.

Governador não vê problemas em sediar Copa América: 'Basta seguir protocolos'

Castro não identificou contradição entre a necessidade de providências para evitar uma quarta onda da Covid-19 e o fato de o Rio ser uma das sedes da Copa América. "Sobre a Copa América, já há um decreto que fala dos jogos de futebol. Se a fronteira do Brasil está aberta e entram mais de mil pessoas por dia é uma incoerência não ter jogo aqui. Em qualquer campeonato, não só a Copa América, mas o Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, quem segue os protocolos já está apto a jogar", disse.


O Estado do Rio de Janeiro apresentou uma redução de 25% no número de óbitos, e as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram 21% na comparação entre as semanas epidemiológicas analisadas. As taxas de ocupação de leitos no estado, na sexta-feira (04), dados mais recentes, eram 83% para leitos de UTI e 56% para leitos de enfermaria. Os dados integram a 33ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada na sexta-feira (4/6) pela Secretaria de Estado de Saúde.

O Mapa mostra ainda que o Estado do Rio de Janeiro se mantém em bandeira laranja (risco moderado de contrair a doença). As nove regiões permanecem com a mesma cor de bandeira da semana passada: Metropolitana I, Baía da Ilha Grande e Noroeste mantêm-se com risco alto (bandeira vermelha); Baixada Litorânea, Centro-Sul, Médio Paraíba, Metropolitana II e Serrana seguem na laranja; e apenas o Norte Fluminense continua na bandeira amarela.

A análise compara a semana epidemiológica 20 (16 a 22 de maio) com a 18 (02 a 08 de maio) de 2021. Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo). Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada região.

Por Portal Eu, Rio!
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