O projeto do Unicef de acolhimento de jovens e adolescentes pela internet atendeu mais de 21 mil pessoas nos três primeiros meses de funcionamento.
O canal Pode Falar oferece escuta qualificada de profissionais de organizações da sociedade civil e empresas especializadas na área e funciona de forma anônima e gratuita. É um espaço criado no contexto da pandemia para ajudar jovens e adolescentes de 13 a 24 anos que estejam com ansiedade e precisando falar um pouco sobre os problemas e sentimentos.
A Oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, Joana Fontoura, conta que o projeto surgiu da constatação de que o isolamento social imposto pela pandemia agravou a saúde mental e o bem estar dos jovens e adolescentes.
Uma enquete feita pelo Unicef em setembro do ano passado mostrou que 80% dos adolescentes, principalmente de 15 a 19 anos, que responderam a pesquisa, afirmaram ter tido sentimentos negativos, como depressão, ansiedade e preocupação, sendo que 41% dos jovens não recorreram a ninguém em busca de ajuda.
Dos mais de 21 mil atendidos pelo portal Pode Falar da Unicef na internet, 79% eram meninas e a maioria tinha entre 13 e 17 anos. A representante da entidade das Nações Unidas para os adolescentes, Joana Fontoura, conta que a maioria desses jovens quer apenas ser ouvida.
Os jovens e adolescentes que querem ser ouvidos pelo projeto devem acessar o endereço podefalar.org.br. Profissionais especializados em escuta qualificada se revezam de segunda a sexta, especialmente em horário comercial, mas também durante a noite de segunda a quinta-feira. A conversa se dá por meio de um chat.
Além de poder conversar, os jovens têm acesso a materiais sobre saúde mental, podem fazer um teste para avaliar o nível de ansiedade e conhecem histórias de outros jovens que passaram por dificuldades e conseguiram seguir em frente.
RadioagênciaNacional