A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) comemorou 24 anos dedicados à formação e profissionalização da população fluminense. Na história da instituição, que atende alunos da creche ao Ensino Superior, diversos capítulos foram escritos pelos quase cinco mil profissionais que se empenham para entregar o seu melhor dentro de suas atividades.
Ambrozina Pereira, Claudio Rosa, Marcelo Rudnei Justo e Rita da Silva Cajazeira fazem parte desses capítulos. São servidores que comemoram junto com a Faetec seus 24 anos de instituição. Desempenhando papéis fundamentais na rede, eles ajudaram a construir a história da Fundação e a transformar a vida de milhares de jovens e adultos.
- Prestei concurso para merendeira, concorrendo a uma das cinco vagas para trabalhar no complexo de Quintino, e fui aprovada em 1° lugar na prova escrita e em 3° na prova prática - conta Ambozina.
É com esse orgulho que Zina, como é carinhosamente chamada pelos amigos e colegas de trabalho, começa contando o início da sua trajetória na Fundação. Responsável pela alimentação dos alunos, a servidora atende desde 2008 uma média de 1.500 alunos por turno na Escola Técnica Estadual República.
- A Faetec passou a fazer parte da minha vida. Aliás, ela passou a ser a minha vida. Tive umas fases bem complicadas e, em todas elas, contei com o acolhimento de companheiros da unidade e direção. Criei meus filhos dentro da Fundação, com o apoio dos colegas que me auxiliavam. Ao longo desse tempo, pude fazer cursos, conhecer amigos, participar de várias atividades e movimentos - relata Zina.
De quilômetros em quilômetros, Marcelo Rudnei Justo (na foto abaixo, de camisa preta) já atravessou quase todo o Estado do Rio para atender às necessidades das 120 unidades da Faetec. Percorreu até 250 km por dia, em seus primeiros 15 anos de carreira, considerando as viagens constantes para todos os polos em 56 municípios. Enquanto acompanhava as equipes pedagógicas, administrativas e operacionais, conta que aprendeu muito sobre educação.
- A gente tem que viver a educação para entender. Como motorista, por atendermos a diversas diretorias, tanto da área técnica quanto da educacional, acabamos ouvindo muito e vendo a grandeza que é a educação, principalmente a educação técnica do Rio - avalia Marcelo Justo.
O servidor, além de trabalhar como motorista, também atuou por oito anos na divisão de engenharia. Ele lembra com carinho do dia que viu a escola onde se formou tornar-se uma unidade da Rede.
- Eu fiz o curso técnico de Eletrotécnica na unidade Visconde de Mauá, antes mesmo de a escola fazer parte da Fundação. Depois, tive o prazer de participar da transformação do campus de Marechal Hermes e sua integração à Rede Faetec. Foi emocionante - garante Justo.
Marcelo Justo. Foto: Divulgação
Claudio Rosa (de camisa clara, abaixo) tem 34 anos dedicados só ao serviço público. Concursado como bombeiro hidráulico da Rede, já assumiu diversos setores na fundação. Por sete anos, esteve à frente da Divisão de Manutenção. Depois, atuou como síndico do complexo educacional onde fica a administração central e, em seguida, passou a fazer parte do setor de Patrimônio. Neste momento, atua na implantação de unidades.
Desde 1996, o artífice tem acompanhado de perto o processo de crescimento e expansão da Rede. Em cada nova unidade, prestou seus conhecimentos e habilidades para fazer do ambiente escolar um lugar acolhedor e de qualidade. Para Claudio Rosa, ele também ganhou muito ao fazer parte dessa instituição.
- Ingressar na Faetec foi excepcional. Quando entrei aqui, minha filha tinha apenas sete anos. Ela fez todo o Ensino Fundamental e Médio na Rede, se formando em técnico de Publicidade pela ETE Adolpho Bloch. Com os estudos da Fundação, conseguiu bolsa integral em duas grandes universidades. Sem contar que, durante a formação, quando precisou de equipamentos para os trabalhos, pude contar com a ajuda de colegas de serviço. Eles fizeram um rateio e compraram tudo que eu precisava. Hoje, ela tem a sua própria agência de publicidade, e eu só tenho satisfação - comemora Claudio Rosa.
Cláudio Rosa. Foto: Divulgação
Já a servidora Rita da Silva Cajazeira (de blusa estampada, abaixo) não esconde a saudade que sente do período que entrou na Fundação. Atuou por dois anos como professora no Complexo de Quintino, antes de ser instituída a Faetec. Ela lembra bem quando a instituição começou a se tornar uma referência na educação para a comunidade.
- O complexo atendia turmas com até 50 alunos e idades que variavam de 2 a 15 anos. Na época, o material de trabalho era escasso, mas o desejo de atender a comunidade do entorno era enorme - conta Rita. Ela, que mora próximo à escola, recorda que as filas para matricular as crianças na unidade se formavam com três dias de antecedência da abertura do prazo. Na época, ainda não existia concurso para ingresso e o esforço para garantir uma vaga na unidade era grande.
Rita Cajazeira. Foto: Divulgação
- Foi gostoso viver todas essas fases. Ganhei uma bagagem incrível com os meus quase 30 anos só no complexo - garante a professora concursada de Educação Infantil. Este ano, Rita completa 40 anos de magistério, dedicado à formação de crianças e jovens, e sonha com uma evolução ainda maior da rede.