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Jovem morto durante a Operação Coalizão do Bem no Complexo da Penha foi atingido em casa

Ação policial envolveu agentes do Rio, Amazonas, Pará e São Paulo teve saldo de 14 presos

Por Portal Eu, Rio! em 18/06/2021 às 18:29:56

O jovem Thiago da Conceição (16) foi atingido com uma bala na cabeça enquanto conversava dentro de casa no Morro da Fé, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, durante a Operação Coalizão realizada pelas polícias civil e militar nesta sexta-feira (18). Ele chegou a ser levado para o Hospital Getúlio Vargas, na penha, mas não resistiu.

A Polícia Civil nega a autoria do disparo que matou Thiago. O subsecretário operacional do Rio de Janeiro, Rodrigo Oliveira, disse que haverá uma investigação para apurar as causas da morte do adolescente. Mas descarta ação da polícia:

“No local onde ele foi baleado, não havia nenhum policial naquela localidade. Eles perceberam um tumulto à distância, e obtiveram a informação que o adolescente tinha sido baleado”, afirmou o subsecretário operacional do RJ, Rodrigo Oliveira.

A Operação Coalizão do Bem foi realizada simultaneamente no Rio, em São Paulo, Pará e no Amazonas. O objetivo era desarticular uma quadrilha que comandava ações criminais no Amazonas. Um dos chefes de uma facção criminosa em atuação no Rio é suspeito de ser o mandante de ataques realizados em Manaus.

Prisões nos Estados

Os policiais envolvidos na ação prenderam até o final da manhã desta sexta-feira 14 pessoas, sendo cinco em Manaus, sete no Rio de Janeiro e duas em São Paulo. As diligências ainda estão em curso.

No Rio de Janeiro, as investigações levaram à prisão de dois líderes de uma facção criminosa do Amazonas, que ordenaram os ataques na capital. Foram presos Marcelo da Silva Nunes, o “Marcelão”, cunhado do traficante Gelson Carnaúba; e Pedro da Silva de Carvalho, responsável pela gerência financeira da organização criminosa.

A operação em conjunto apontou, ainda, uma forte ligação do grupo criminoso do Rio de Janeiro com o Amazonas, através de uma estrutura que se valia do sistema bancário e de empresas de fachada para repasse de dinheiro. Em um ano e meio, o valor chegou a mais de R$ 126 milhões.

Os recursos seriam utilizados para o fortalecimento da facção no Amazonas, que comanda territorialmente a rota do tráfico na Tríplice Fronteira Amazônica, e aquisição de armas e drogas para o grupo no Rio de Janeiro.

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