DIU: o método contraceptivo está em alta entre as mulheres de todo o mundo

Considerado um dos métodos contraceptivos com menor risco de falhas, o dispositivo intrauterino (DIU) está se tornando o queridinho entre as mulheres. Prático para as mais esquecidas e essencial para quem tem endometriose, o DIU está disponível em duas versões: cobre e mirena. A inserção é feita pelo ginecologista após uma consulta de avaliação. Basta uma anestesia local e a paciente já sai do consultório com o dispositivo. No entanto, apesar de toda praticidade, é fundamental que a decisão seja tomada após a orientação de um profissional. Segundo o Dr. Diogo Rosa, Coordenador do Centro de Cirurgia Ginecológica da Perinatal/ Rede D’Or, o mais importante é conhecer todos os métodos e decidir a melhor opção junto ao seu médico.

“Os dispositivos intrauterinos são excelentes para contracepção, mas a informação é fundamental na hora da escolha, pois cada mulher tem um histórico e isso deve ser avaliado”, recomenda Dr. Diogo.

Mas como saber se eu posso usar? De acordo com Dr. Diogo, o DIU é contraindicado em alguns casos: quando há uma grande distorção da cavidade uterina (miomas); no caso de sangramento vaginal de causa desconhecida; quando a mulher apresenta doença inflamatória pélvica, e gravidez ou suspeita.

“Por liberar um hormônio derivado da progesterona, o DIU de mirena, especificamente, não deve ser utilizado por mulheres com câncer de mama. Essas pequenas doses hormonais podem prejudicar o tratamento”, conta o ginecologista. Em contrapartida, as pacientes com endometriose são beneficiadas por esse método, em alguns casos da doença. “O DIU de mirena pode reduzir a dor das mulheres que sofrem de endometriose, em alguns cenários da patologia, além de auxiliar no tratamento”, relata Dr. Diogo.

Já o DIU de cobre não faz a mulher parar de menstruar. Segundo o ginecologista, às vezes o contraceptivo pode até aumentar o fluxo ou até mesmo causar cólicas. Mas isso não é uma regra. “O dispositivo de cobre é uma contracepção reversível, sem necessidade de uso de medicação hormonal. Cada caso é um caso e merece ser avaliado com cautela. Para algumas mulheres ele é muito benéfico”, comenta.

Se o mais importante é estar segura de uma gravidez indesejada, o DIU é uma excelente opção, mas fique atenta: é muito importante que a paciente converse com seu médico para saber a partir de quando é possível confiar no DIU. “É fundamental que um profissional oriente a mulher nesse momento para que não haja surpresas”. Mas mesmo nessa fase de adaptação, muitas mulheres se perguntam a partir de quando elas podem ter relações sexuais depois da inserção. O Dr. Diogo explica que nesse momento é melhor ter cautela para que não haja desconforto. “O ideal é aguardar pelo menos 24 horas após a inserção. Mesmo com toda praticidade do DIU, é preciso ter um cuidado inicial”, finaliza.