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Julho Amarelo para combater e prevenir as hepatites virais

Doença pode levar a complicações antes que a pessoa descubra a infecção

Por Portal Eu, Rio! em 08/07/2021 às 12:37:37

Foto: Divulgação.

As hepatites virais são um problema de saúde que atinge o Brasil e o mundo inteiro. As hepatites B e C também são responsáveis por dois terços dos casos de câncer de fígado no mundo. Por isso, com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre riscos da doença e formas de prevenção, além de incentivar as pessoas a buscarem o diagnóstico precoce e tratamentos bem como se vacinarem, criou-se o mês de combate a esses tipos de hepatite. A doença ataca o fígado e, inicialmente, apresenta poucos sintomas, especialmente as B e C. Para estimular a testagem e o tratamento, o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), ligado à Sociedade Brasileira de Hepatologia, lançou a campanha "Não vamos deixar ninguém pra trás". O objetivo é promover o diagnóstico precoce e evitar a necessidade de transplantes, o que hoje é muito comum.

O Brasil é signatário de um plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) que visa reduzir a mortalidade atribuída às hepatites em mais de 75%, até 2030. Para isso, só para hepatite C, o país precisaria testar de 9 milhões e 12 milhões de pessoas todo ano. Mas, com a pandemia, o Ibrafiga alerta que a procura por testes nos postos de saúde caiu muito.

"As hepatites B e C costumam evoluir de forma silenciosa e o indivíduo só acaba descobrindo que tem uma doença no fígado quando desenvolve cirrose ou câncer, já em fase avançada. Nesses casos, o tratamento não é mais possível e a alternativa é o transplante", explica Bárbara Pereira, imuno-hematologista pela UFRJ e diretora-chefe do setor de análises clínicas do Laboratório e Clínica Lach, no Jardim Botânico.

A especialista lembra que o SUS disponibiliza vacina para as hepatites A e B para crianças até os 2 anos de idade e que a testagem para identificação da doença está disponível para os tipos B e C. "Adultos que nunca tomaram vacina para hepatite também precisam se vacinar. Além disso, é indicado tomar um reforço da vacina para hepatite A, o que só é feito nas clínicas particulares", alerta Bárbara.

Para os dois primeiros tipos, a vacinação é a melhor forma de prevenção. Já para a hepatite C, não há vacina, mas existe tratamento e quanto mais cedo a doença for detectada, melhor. É importante ficar atento aos principais sinais de hepatite: cansaço, febre, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. “Como em 80% dos casos os sintomas só aparecem na fase grave, a realização de exames periódicos é a melhor forma de detectar a doença em estágio inicial”, ressalta a especialista.

A vacina combinada contra os vírus da hepatite A e B é uma alternativa para as pessoas que não foram vacinadas. São aplicadas duas doses em pessoas com menos de 16 anos, com intervalo de 6 meses; e em três doses, em pessoas com mais de 16 anos, sendo a segunda um mês após a primeira e a terceira, cinco meses depois.

A imuno-hematologista destaca, ainda, que a vacina é especialmente importante para profissionais da área da saúde, manicures, bombeiros, policiais, hemofílicos e pacientes que fazem hemodiálise. Para esse grupo de risco, o teste anual para detecção do vírus também deve fazer parte da rotina de cuidados com a saúde. "O tratamento depende do tipo de hepatite diagnosticado. No caso da hepatite A, é preciso ficar de repouso e ter cuidados com a dieta. Já as hepatites do tipo B, C e D têm tratamento por meio de medicamentos disponíveis na rede pública de saúde. Mas o exame anual é fundamental”, reforça Bárbara.

SOBRE CADA TESTE

Anticorpo para o HBsAg (AntiHBs)

Um resultado positivo significa que a pessoa teve contágio e eliminou o vírus, ou se vacinou contra a Hepatite B.

Anticorpos para antígeno da Hepatite B (Anti-HBc)

Um resultado positivo significa que você teve contato com o vírus, recente ou no passado.

Anticorpos para antígeno core da Hepatite B da classe IgM (Anti-HBc IgM)

Um resultado positivo, ou reagente, indica infecção aguda recente.

Antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg)

Um resultado positivo significa que a pessoa é portadora do vírus VHB.

Antígeno de superfície da Hepatite E (HBeAg)

Um resultado positivo significa que há infecção por Hepatite B e que a pessoa está mais propensa a passar a infecção para outras, pois o vírus está se multiplicando.

AINDA SOBRE A VACINA

As vacinas para hepatites dos tipos A e B são fornecidas gratuitamente pelo SUS e estão no Calendário Nacional de Vacinação para crianças. A rede pública fornece apenas a primeira dose, quando o indicado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) são três doses para hepatite B e duas para hepatite A. É ideal fazer o reforço na rede particular. A vacina para hepatite B só foi incluída no calendário de vacinação em setembro de 1998, por isso os adultos precisam se vacinar num esquema de três doses.

Fonte: LD Comunicação & Marketing

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