Opções de lugares para comer, ou pedir, uma bela pizza não faltam. Somente no Brasil, existem cerca de 50 mil pizzarias, formais e informais, a maioria nos estados do Rio e de São Paulo. Em seguida, vem Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia. Até na residênciado cliente, o prato pode ser degustado, como mostra a chef Bianca Folla no www.achefemcasa.com.br ou no Instagram @achefemcasa.
A gastrônoma Bianca Folla: chef em casa. Foto: Divulgação
Os sábados são os dias preferidos no mundo inteiro das pessoas pedirem pizza, segundo pesquisa realizada pela ECD Food Service, empresa especializada em informações sobre o mercado de serviços de alimentação.
Segundo o mesmo estudo, o ranking dos países que mais comem pizza fica com os Estados Unidos em primeiro lugar (95% dos americanos comem pizza regularmente), em seguida vem os brasileiros, que consomem cerca de 1,7 milhão de pizzas no ano e, em terceiro, os franceses, que comem, em média, 5 quilos de pizza por ano. Logo após vem a Itália, em quarto, e a Austrália, em quinto.
Como se vê pelos números, a pizza é realmente uma paixão brasileira. Porém, ela só chegou por aqui no século XIX, com os primeiros imigrantes italianos, que desembarcaram no litoral de São Paulo. Até 1950 a iguaria se restringia mais aos círculos italianos.
Pizza Gigante
No mercado desde 2015 em Jacarepaguá (Taquara), a Pizza Elephant surgiu com uma proposta familiar de vender uma pizza gigante, porém saborosa, fina, recheada e crocante com preço acessível. "Não era somente fazer 'uma pizza grande', mas também entregá-la. Nosso slogan é 'entregamos a maior pizza do Brasil'. Os tamanhos variam de 25 a 90 cm. Produzimos um baú exclusivo, bem vedado, para entregas de moto. Nossos equipamentos também são adaptados para o negócio que comercializamos: embalagem com corte diferente, desenhanos nossa mesa de montagem e um forno sob medida", conta Tássia Lima, uma das sócias da Pizza Elephant juntamente com Felippe e Leandro Dias.
Foto: Rede Social
Segundo ela, a pizza de 90 cm nem é a de maior saída para os clientes, mas há um fator fundamental. "Para marketing, é algo exclusivo. Esse produto é de difícil locomoção, os motoqueiros têm dificuldade para carregar e não entra em qualquer lugar. Pensamos nessa pizza para grupos grandes, festas, eventos, aniversários, para não haver compra de três ou quatro. Ela já resolve essa questão e ainda pode ser dividida em quatro sabores. É praticamente um rodízio!", brinca Tássia, lembrando que a pizzaria já atendeu pessoas na gravação do clipe da cantora Ludmila, à Comissão de Frente da Beija-Flor e a uma torcida organizada do Flamengo.
Foto: Rede Social
Hoje, além de duas outras lojas em Campo Grande, a empresa tem um processo de franquia para comercialização da marca, que termina daqui há dois meses. "Há diversas pessoas interessadas para venda, apenas aguardando o término do projeto", comemora a proprietária.
Foto: Rede Social
Um dos 3 melhores pizzaiolos do mundo é brasileiro
Em São Paulo, terra da pizza no Brasil, uma parceria entre a De Tommaso e o chef Jaqueson Dichoff deu origem à pizza de Cime di Rapa, brócolis italiano que começou a ser cultivado no país. Hoje, em homenagem ao Dia da Pizza, Dichoff, único brasileiro entre os 3 melhores pizzaiolos do mundo, resolveu inovar utilizando este ingrediente diferente.
Chef Jaqueson Dichoff, único brasileiro entre os 3 melhores pizzaiolos do mundo. Foto: Divulgação
Inédito no Brasil, o Cime di Rapa também conhecido como Brócolis rabe, Rapini, Raab, Brócolis de primavera ou Nabo italiano é um vegetal de origem mediterrânea, uma hortaliça muito importante na Itália, tanto que ocupa o sexto lugar entre os vegetais mais cultivados, perdendo apenas para o tomate, a alcachofra, a batata, a alface e a erva doce.
Há pouco mais de três anos, Carmen De Tommaso, diretora da De Tommaso, marca pioneira na produção de antepastos de origem italiana no Brasil, resgatou uma tradição familiar e iniciou o projeto de implantação do cultivo inédito de Cime di Rapa em solo nacional. Em parceria com pequenos agricultores na região de Santa Isabel, interior de São Paulo, a primeira safra foi colhida no último trimestre do ano passado e, a partir dela, foram produzidas cinco mil porções da receita de antepasto de Cime di Rapa, que agora estão disponíveis para compra no varejo.
“Foi um longo período de testes. Do plantio à receita original, até chegar no produto final que estivesse adequado aos padrões de qualidade e sabor, indispensáveis na De Tommaso”, explica Carmen.
A colheita acontece uma vez por ano, pouco antes da Primavera e, por se tratar de uma verdura com características de cultivo em clima muito diferente do nosso, a conserva é produzida diariamente com os brotos do vegetal, sem conservantes e de forma artesanal. “O produto será sazonal, respeitando a tradição italiana. É a união da receita tradicional calabresa com as técnicas de conservação da De Tommaso, resultando em um produto versátil e com longa validade”, afirma a empresária.
A primeira safra do vegetal gerou cinco mil potes da receita, em edição limitada e numerada, que acaba de chegar aos supermercados
O Cima di Rapa De Tommaso possui sabor suave e sutilmente amargo, o antepasto acompanha muito bem pães de entrada como a focaccia, cremes como a polenta e até massas como o orecchiette.
Pizza Cima di Rapa De Tommaso. Foto: Divulgação
Para criar a pizza, Jaqueson utilizou o Cime di Rapa acompanhado de linguiça picante e mussarela de búfala. Em breve, esta novidade surgida da parceria entre o pizzaiolo e a De Tommaso estará disponível nas melhores pizzarias do Brasil. Veja mais em https://cimedirapa.com.br/
Origem da pizza
A pizza nada mais é do que um disco de massa, regado com molho de tomates e coberto com ingredientes variados, como queijo, carnes, ervas e até mesmo ingredientes doces.
Porém, a pizza, da forma como conhecemos hoje surgiu no século XVI, quando os tomates, vindos da América, foram introduzidos na culinária européia. Ela era considerada um alimento dos pobres do sul da Itália, já que era preparada com ingredientes baratos.
No entanto, muitos estudiosos acreditam que três séculos antes de Cristo, os fenícios já costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola. A mistura também foi adotada pelos turcos, que preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco.
No período das Cruzadas, no século XI, o pão turco foi levado para o Porto de Nápoles e os napolitanos gostaram tanto da ideia que começaram a aperfeiçoá-la, usando trigo de boa qualidade na massa e coberturas variadas, especialmente queijo.
Mas a pizza ainda não havia caído no gosto dos nobres e burgueses. Isso só aconteceu em 1889, quando o Rei Humberto e a Rainha Margherita visitaram a cidade de Nápoles pela primeira vez. Nessa ocasião, foi chamado o famoso cozinheiro Raffaele Esposito para preparar um prato especial. Esposito, então, serviu para a família real duas pizzas. Uma delas com queijo mussarela, tomate e manjericão, foi a preferida da rainha e por isso ganhou seu nome: marguerita.
Foi justamente em Nápoles, na Itália, que foi inaugurada a primeira pizzaria do mundo, em 1830, a Port’ Alba. Já no Brasil, em 1910, o pizzaiolo Carmino Corvino abriu a primeira pizzaria em São Paulo: Cantina Santa Genoveva, no bairro do Brás.
Pizzas mais consumidas nas capitais brasileiras
Rio de Janeiro/RJ
1. Calabresa
2. Marguerita
3. Portuguesa
São Paulo/SP
1. Muçarela
2. Calabresa
3. Portuguesa e frango com catupiry
Porto Alegre/RS
1. Calabresa
2. Portuguesa
3. Coração de galinha, napolitana e marguerita
Belo Horizonte/MG
1. Marguerita
2. Frango com catupiry
3. Calabresa
Salvador/BA
1. Portuguesa
2. Frango com catupiry
3. Marguerita ou calabresa
Origem da expressão “tudo acaba em pizza”
A famosa expressão “tudo acaba em pizza” surgiu de outra paixão brasileira: o futebol.
Na década de 60, uma longa reunião e discussão calorosa na diretoria do Palmeiras, time que teve origem na colônia italiana paulistana, acabou num pedido de 18 pizzas em uma pizzaria no Brás, bairro paulistano.
No outro dia, o jornalista Milton Peruzzi, que acompanhou a reunião, publicou uma matéria na Gazeta Esportiva com o título “Crise do Palmeiras termina em pizza”. A partir de então, a expressão popularizou-se e passou a ser usada como um sinônimo de uma situação não solucionada.