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Rio registra segunda maior lotação nas UTIs de Covid-19, entre as capitais

Atrás apenas de Goiânia, com 92%, Cidade Maravilhosa segue acima de 80% de ocupação de leitos de terapia intensiva

Por Portal Eu, Rio! em 14/07/2021 às 14:51:03

Queda nas internações leva a que pela primeira vez nenhum estado registre mais de 90% de ocupação de leitos de UTI, mas Rio registra ritmo mais lento de queda que outras capitais, salvo Goiânia. Foto:

A edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz publicada nesta quarta-feira (14/7) destaca que o Rio e mais três capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 iguais ou superiores a 80%: Goiânia (92%), Rio de Janeiro (81%), São Luís (81%) e Brasília (80%).

Onze capitais estão na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%: Manaus (70%), Boa Vista (74%), Palmas (63%), Teresina (sem informação direta; número estimado em torno de 60%), Fortaleza (65%), Belo Horizonte (67%), São Paulo (61%), Curitiba (77%), Porto Alegre (69%), Campo Grande (79%) e Cuiabá (62%). As outras 12 capitais estão fora da zona de alerta, com ocupação de leitos de UTI inferior a 60%.

Nenhum estado registra mais de nove entre dez leitos ocupados

Pela primeira vez desde o início de dezembro de 2020, nenhum estado apresenta taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS superior a 90%. A tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 foi mantida nesta última Semana Epidemiológica (SE 27), de 4 a 10 de julho, pela terceira vez consecutiva. O número de casos e de óbitos vem caindo há três semanas em cerca de 2% ao dia, mas ainda permanece em alto patamar. A taxa de letalidade foi mantida em torno de 3%, percentual considerado elevado.

Os pesquisadores responsáveis pelo Boletim afirmam que o alinhamento entre as tendências de incidência de casos novos e da mortalidade pode indicar um processo de arrefecimento mais duradouro da pandemia para os próximos meses.

Mortes e internações perdem ritmo, mas transmissão segue alta entre não-vacinados

O estudo também sinaliza que a tendência de redução das taxas de ocupação de leitos é um reflexo da nova fase da epidemia no país. Com a vacinação, o número de óbitos e internações diminui entre os grupos de risco ou grupos prioritários. É o caso de idosos e portadores de doenças crônicas, por exemplo. Ao mesmo tempo, a transmissão permanece intensa entres aqueles que ainda não foram imunizados.

Os especialistas advertem que “o arrefecimento mais duradouro da pandemia” somente será alcançado com a intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento físico.

“É importante destacar que as vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade. As vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves”, ressalta o Boletim.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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