A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) vai fazer uma vacinação em massa, entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, para concluir a imunização dos moradores da Maré com idade acima de 18 anos, cadastrados nas unidades municipais de saúde da comunidade. A vacinação será feita em escolas e nas cinco unidades de saúde da região.
Segundo o secretário Daniel Soranz, esta é uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apoiada pela SMS e articulada com a instituição da sociedade civil Redes da Maré e associações de moradores da localidade. O objetivo é vacinar 31 mil pessoas nos três dias.
“É um grande desafio, em que vamos contar com o apoio de mais ou menos mil profissionais de saúde. Uma força -tarefa para que também a Maré possa ser um case para avaliação da efetividade da vacina”, disse o secretário durante a apresentação do 28º Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio. Ele acrescentou que estão incluídos na vacinação voluntários da secretaria municipal e de outros profissionais que queiram participar da imunização.
De acordo com Soranz, no dia 28 deste mês, estará concluída a vacinação das pessoas com 34 anos ou mais e, por isso, o projeto será realizado no grupo de até 18 anos que ainda não recebeu a imunização. Não há previsão para aplicação de vacinas em adolescentes de 12 a 17 anos no projeto.
Paquetá
O projeto Paquetá Vacinada, também em conjunto com a Fiocruz, vai ter mais uma etapa de vacinação. No dia 25, adolescentes entre 12 e 17 anos cadastrados e residentes na ilha vão receber a vacina da Pfizer, que é a única autorizada para esta faixa de idade. No dia 15 de agosto, será aplicada a segunda dose a todos os vacinados no projeto.
No dia 20 de junho, o projeto aplicou doses da vacina AstraZeneca em moradores da ilha maiores de 18 anos que ainda não tinham sido imunizados. Agora, os adolescentes receberão a vacina da Pfizer, já que é o único imunizante atualmente disponível com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação neste público.
O objetivo do projeto é avaliar os efeitos da imunização em larga escala na população local. Após a cobertura vacinal total da população alvo, será feito, por um período ainda a ser definido, o monitoramento epidemiológico desses imunizados.
Dados preliminares do estudo com análise em mais de 2,3 mil exames sorológicos coletados na ilha indicaram que 21% das crianças e adolescentes apresentam anticorpos contra a covid-19 por terem sido expostos ao coronavírus. Além disso, antes da primeira dose do projeto ser aplicada nos voluntários, 40% dos adultos não vacinados e 90% dos vacinados previamente à pesquisa tiveram resultado positivo em testes sobre a presença desses anticorpos.
Fonte: Agência Brasil