Após semanas de polêmica, o surfista brasileiro Gabriel Medina foi para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio sem a companhia da esposa Yasmim Brunet, vetada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que não permitiu que ela o acompanhasse como membro do estafe.
No embarque para o Japão, ainda acompanhado de Yasmim Brunet, Gabriel Medina avaliou a possibilidade de não render o esperado na competição. Ele acredita que "não estará 100%" nas Olimpíadas.
"É chato, não estou indo 100%. É ela quem me dá força e eu gosto de estar junto dela", disse Medina um pouco antes da viagem.
Em contrapartida, Yasmim que esteve com o surfista no aeroporto de Gauralhos para acompanhar o embarque minimizou a fala. "Ele vai estar 100%, com certeza absoluta".
"É o melhor ano dele, ele nunca teve um início de ano tão bom. Tudo está dando certo para ele conseguir esse ouro e para ele ser tricampeão (mundial de surfe) esse ano", completou Yasmin.
Essa é a primeira Olimpíada com o surfe como modalidade olímpica. Medina que lidera o circuito mundial de surfe com certa folga é o favorito para ganhar a medalha de ouro.
Medina teve o direito de escolher dois profissionais para fazer parte do seu estafe, ele então credenciou o técnico australiano Andy King e Yasmin Brunet. Mas com as restrições causadas pela Covid-19, o número de possibilidades caiu de duas para uma.
Medina então soliticou a retirada de Andy King, mas o pedido foi rejeitado pelo COB, que alegou que "o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade".