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Aldeias em Maricá mantém Guarani como idioma

Escolas indígenas adotam sistema bilíngue, com apoio da Prefeitura, que oferece também curso básico para facilitar alunos de outras etnias na conversa com indígenas

Por Portal Eu, Rio! em 09/08/2021 às 13:59:56

Ensino bilíngue ajuda interesse das crianças e adolescentes indígenas por leque mais amplo de assuntos, de acordo com líderes das aldeias. Foto: Prefeitura de Maricá



Em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, duas aldeias indígenas se esforçam para preservar uma tradição milenar, a comunicação pelo idioma guarani. A prática, que reforça parte da herança cultural brasileira, é destaque nesta segunda-feira (9/8), Dia Internacional dos Povos Indígenas.


A Aldeia Mata Verde Bonita, construída no início de 2013, abriga cerca de 20 famílias da etnia Guarani Mbyá, e fica localizada a pouco mais de 50 quilômetros da capital fluminense, em uma área de proteção ambiental. A outra, a Aldeia Sítio do Céu, em Itaipuaçu, segue o mesmo costume. Os 50 indígenas que ali vivem também usam a língua materna, uma variedade do idioma tupi-guarani.


A prefeitura da cidade também se esforça nessa preservação. Além de oferecer um curso básico gratuito que capacita alunos para falar e se comunicar com povos da etnia guarani, as escolas indígenas do município contam com o ensino bilíngue Português-Guarani.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Fabiana Sampaio, da Rádio Nacional, sobre a preservação da língua e das tradições indígenas nas aldeias Guarani Mbyá.

Indígena da Aldeia Mata Verde Bonita, Amarildo Karay Yapua Nunes de Oliveira, conta que a língua portuguesa é usada na comunicação com a população de fora, dentro é usado apenas o idioma tradicional. Ele destaca que o ensino da língua do seu povo também nas escolas estimula o aprendizado e o interesse das crianças indígenas por outros assuntos.


Amarildo Karay ressalta ainda outros elementos e rituais da cultura indígena que a Aldeia continua preservando.

Com a pandemia, os cuidados e a atenção à saúde dos indígenas foram redobrados. O olhar atento sobre a realidade e o respeito à cultura deles, no entanto, não ficaram de lado e fazem parte da rotina de trabalho da médica Carmen Vieira de Moraes. Há décadas ela trabalha com indígenas e atende a Aldeia Sapukai, em Angra dos Reis.


De acordo com a médica Carmen Vieira de Moraes, por meio dos atendimentos prestados pela área da saúde, foi diagnosticada a covid-19 em 205 dos 340 indígenas da Aldeia Sapukai. Houve o registro de um óbito apenas.







Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Com Radioagência Nacional

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