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Prefeitura de Niterói altera projeto da ciclovia da orla de Piratininga após ouvir moradores

Habitantes da região recebem presente no Dia Nacional do Ciclista

Por Anderson Madeira em 19/08/2021 às 11:12:30

Foto: Divulgação Prefeitura de Niterói

Após reclamações de moradores e representantes de associações comunitárias de Piratininga, a Prefeitura de Niterói, através da Coordenadoria Niterói de Bicicleta e a Secretaria Municipal de Obras, se reuniu com os moradores e fez uma alteração no projeto de ciclovia da orla do bairro. Assim, o novo traçado da faixa exclusiva para ciclistas passará a contornar as áreas das seis praças ao longo do calçadão. No último domingo, 15, moradores fizeram protesto na orla contra a ciclovia e divulgaram vídeo mostrando a falta de acessibilidade na faixa exclusiva.

Segundo a prefeitura, o projeto da ciclovia integra o Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável) e o Sistema Cicloviário da Região Oceânica, cujas obras tiveram início em maio de 2021. Nessa primeira etapa, a iniciativa contemplará um total de 21,75 Km, sendo 14 Km de novas rotas cicláveis e 7,75 Km de requalificação das rotas já existentes. Após a conclusão das intervenções, será possível usar a bicicleta para fazer o percurso entre a Região Oceânica e o Centro de Niterói.

De acordo com a Coordenadoria Niterói de Bicicleta, no projeto apresentado, as obras da ciclovia da Praia de Piratininga tinham previsão de integração com as praças, visando a sincronia dos usuários nestes espaços de forma segura e evitando desvios no trajeto. Após o início das obras, no entanto, a equipe técnica começou a receber sugestões apresentadas por parte de moradores que apontavam a alteração do projeto buscando o deslocamento da ciclovia para o limite externo das praças. E, após avaliação da equipe técnica, a demanda foi atendida.

O novo projeto atende à demanda de moradores favoráveis à manutenção da área de lazer integrada ao calçadão. Desta forma, a ciclovia circundará as praças no mesmo nível do asfalto, realizando curvas adequadas à circulação direta, segregada e confortável dos ciclistas. Serão ampliados os locais de travessias de pedestres com implantação de faixas de travessia e rampas de acessibilidade. O fluxo de automóveis ao redor da praça também será ordenado de forma a evitar o estacionamento em local irregular e aumentar a fluidez dos veículos.

Segundo a Coordenadoria Niterói de Bicicleta, os dois projetos, tanto o anterior quanto este com a alteração proposta, apresentam o desenho adaptado para receber a ciclovia com segurança para os frequentadores e o melhor ordenamento do fluxo de ciclistas nestas áreas. Todas as etapas do processo de planejamento do projeto contaram com reuniões participativas. Desde o fim de 2018 e ao longo de 2019 aconteceram, pelo menos, seis reuniões em cada uma das áreas da Região Oceânica, para discussão e validação das propostas. E, em 2021, o diálogo permaneceu. O projeto que está sendo executado ao longo da orla é resultado do conjunto de demandas dos moradores e do trabalho de consultores especialistas contratados pela Prefeitura de Niterói.

Acessibilidade
Todos os projetos do Sistema Cicloviário da Região Oceânica irão trazer, além da infraestrutura cicloviária, melhorias nas condições de acessibilidade. A Secretaria Municipal de Acessibilidade participou da avaliação e elaboração dos projetos com base nas melhores práticas e normas técnicas.

A Praia de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres ganharão rampas de acessibilidade, melhorias no pavimento e faixas de pedestre em todas as esquinas. A Ciclovia de Piratininga vai melhorar as condições de acessibilidade para todos os moradores do bairro. No total, serão 165 novas travessias e 325 novas rampas, somente neste primeiro lote da obra, sendo 76 rampas e 21 travessias ao longo da orla de Piratininga.

Mais sobre o projeto
As obras de implantação da primeira etapa do sistema cicloviário da Região Oceânica, que terá 21 quilômetros de extensão, estão em andamento. Este primeiro lote contempla as áreas da Almirante Tamandaré, no trecho entre a prainha de Piratininga até a rotatória da entrada de Camboinhas, passando por toda a orla de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres.

A Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato, também será beneficiada nesta fase de intervenções. Ao todo, serão implantados 60 quilômetros, que contarão com ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Após a conclusão das obras deste primeiro lote, serão licitadas as subsequentes, incluindo mais uma etapa de infraestrutura cicloviária, a requalificação urbana da Avenida Almirante Tamandaré no trecho entre o Trevo de Camboinhas e o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp).

Também serão licitadas a instalação de paraciclos e bicicletários fechados nos mesmos moldes do bicicletário Araribóia, que serão instalados ao longo do trajeto dos ônibus da TransOceânica, a sinalização direcional e informativa e o sistema de monitoramento.

Com esta ampliação da malha cicloviária, Niterói, que atualmente tem 45 quilômetros de vias cicláveis, irá ultrapassar os 100 quilômetros. O projeto irá proporcionar mais segurança para quem pedala e trazer mais ciclistas para a Região Oceânica.

De acordo com o morador Gustavo Sardemberg, que lidera movimento contra as obras de pavimentação da orla, a ciclovia é ruim. “Estão construindo uma ciclovia bizarra que dificulta o acesso de banhistas, e diminui a pista para os carros. Fora isso, o acesso à areia continua destruído”, aponta.

Sobre o acesso à areia, a prefeitura explicou que eles são feitos pelos donos dos quiosques que funcionam ao longo do calçadão.

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