Vinte e dois casos da doença de Haff, conhecida como 'urina preta', são investigados nos estados do Amazonas e da Bahia. Dezesseis deles na cidade amazonense de Itacoatiara e seis em cinco municípios baianos.
O escurecimento da urina característico da doença de Haff é provocado pela rabdomiólise – uma ruptura do tecido muscular que libera uma proteína tóxica na corrente sanguínea.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes ou crustáceos, quando eles não são acondicionados de maneira adequada.
Para investigar o surto da ‘doença da urina preta’ em Itacoatiara, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas vai enviar nesta quinta-feira uma equipe de técnicos ao município. Um profissional da Fundação de Medicina Tropical vai capacitar os médicos da cidade para tratar os pacientes.
Segundo Liane Souza, Chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Amazonas, dos 16 casos notificados, 12 são em adultos e quatro em crianças; dez deles estão vinculados a quatro famílias. Liane Souza destaca que é importante dar assistência a esses pacientes.
Já a Secretaria da Saúde da Bahia recebeu, este ano, a notificação de oito casos suspeitos nos municípios de Alagoinhas, Simões Filho, Maraú, Mata de São Jorge e Salvador; dois deles foram descartados e seis seguem em investigação.
A coordenadora de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde baiana, Eleuzina Falcão, explica como é o trabalho das vigilâncias em saúde e sanitária na investigação dos pescados que podem ser os causadores da doença.
A urina escura é marcante na doença de Haff, que também tem por sintomas a rigidez muscular, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência e perda de força.
Fonte: Agência Brasil