O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu em cadeia nacional nesta terça-feira (31) para que a população reduza o consumo de eletricidade. E o motivo alegado é que a falta de chuvas reduziu a produção nas hidrelétricas e o governo terá que reajustar a bandeira tarifária vermelha, que passa para R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A medida vale a partir de setembro. A bandeira anterior, vermelha patamar 2, era de R$ 9,49. A alta foi de quase 50%. Segundo a Aneel, o impacto final na conta de luz será de 6,78% na tarifa média dos consumidores. A previsão é que o novo sistema funcione até abril de 2022.
A crise hídrica no Brasil é considerada a pior em 91 anos. Moradores de Roraima e as pessoas que pagam tarifa social não serão afetados pela nova bandeira.
Por outro lado, o governo anunciou um programa que vai dar descontos a quem conseguir economizar. O benefício será para consumidores residenciais e pequenos negócios que economizarem de 10% a 20% do que gastam atualmente com energia. O desconto é de R$ 50 a cada 100 kilowatts hora reduzidos.
O desconto vale até dezembro, mas pode ser prorrogado. Pessoas de baixa renda que aderem à tarifa social também vão poder participar do programa de incentivo à redução voluntária do consumo de energia elétrica.
Segundo Bento Albuquerque, o governo busca mostrar para o consumidor que a energia está mais cara efetivamente e que adotando a redução do consumo agora, a energia poderá se tornar mais barata no futuro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia e repassar o valor imediatamente ao consumidor. Desde junho, está funcionando no país a bandeira vermelha patamar 2.
Ouça no Podcast Eu, Rio! reportagem da Rádio Nacional sobre a tarifa de energia.