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Mar colorido

Parada Gay leva um milhão de pessoas à Praia de Copacabana

Tema do evento girou em torno das eleições 2018


Um mar de gente esteve presente em Copacabana neste domingo (Foto: Jorge Hely)

Cerca de um milhão de pessoas (segundo os organizadores) estiveram hoje à tarde na 23ª Parada do Orgulho LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais), na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio. Dez trios elétricos animaram o público, do Posto 5, onde foi a concentração, até em frente ao hotel Copacabana Palace. Esse ano, o tema foi “Vote em ideias, não em pessoas”, incentivando o segmento a votar em candidatos defensores da causa nas eleições de outubro. Em várias ocasiões, as pessoas gritaram “Ele, não!”, em referência ao presidenciável do PSL, deputado federal Jair Bolsonaro.

O presidente da ONG Grupo Arco Íris, Almir França, falou sobre a importância do voto dos LGBTs este ano. “Nossos direitos, nossa cidadania e principalmente nossas vidas dependem das escolhas que faremos nas urnas", disse o ativista. O Grupo Arco Íris organiza o evento desde a sua primeira edição, em 1995.  

No início da parada, além dos discursos de políticos e líderes do movimento LGBTI, houve apresentação de artistas como Lorena Simpson, Lexa, Mulher Pepita, Ananda e a transformista Jane di Castro. Ela lembrou ainda da cantora Ângela Maria, que morreu hoje, aos 89 anos, de insuficiências múltiplas. A artista depois cantou o Hino Nacional. A mestra de cerimônia foi a transformista Suzy Brasil, conhecida no meio LGBTI. Representantes do governo da Inglaterra levaram o bloco “Love is Great (Amar é ótimo, em tradução livre), em apoio à parada.

A parada ainda teve cerca de 80 voluntários, que deram orientações sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o HIV. Foram ainda oferecidos 200 testes rápidos de HIV e distribuídos 200 mil preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e folhetos informativos.

A Polícia Militar marcou presença com fileiras de vários policiais ao longo da pista e na calçada. Contudo, o policiamento não foi suficiente para evitar algumas brigas e furtos registrados pela reportagem durante a parada. Segundo a PM, nada mais grave foi registrado. Também não divulgou quantos furtos e roubos foram registrados no evento. 

“A parada do orgulho LGBT ajuda a construir política pública. Com orçamento construído a partir da participação de cada um. A gente deixa dinheiro nos cofres públicos, que pode ser investido na educação, saúde e saneamento básico. É necessário respeito do Estado e Município com evento que tem papel importante para a imagem da cidade.  A Uber e a Ambev são grandes parceiras. Não tivemos recursos da prefeitura. Precisamos de mais empresas que se engajem na causa. Os artistas não cobraram cachês”, contou Júlio Moreira, um dos diretores da ONG Arco Íris, antes da parada.  “O orçamento não deu para fechar conta. Colocamos gente para vender camisa e outros materiais. Sonho em um dia que um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo seja simplesmente um beijo”, encerrou. 

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