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Monitoramento ambiental

Pescadores acham espécie viva não identificada na Baía de Sepetiba

ONG Baía Viva diz que fonte de poluição pode ter sido provocada pela lavagem de tanques de navios


Foto: Divulgação Baía Viva

Pescadores artesanais da Baía de Sepetiba encontraram em suas redes uma espécie de organismo vivo, da cor azul, denominado “cabelo”. De acordo com eles, o material têm aparecido em grande volume na região e sido recolhido por embarcações de pesca. De acordo com a ONG Baía Viva, pescadores acreditam que o tal organismo é uma fonte de poluição provocada pela lavagem de tanques de navios no interior da Baía de Sepetiba.

A Baía Viva encaminhou as fotos e relatos dos pescadores para o Ministério Público Federal requisitando a tomada de providência imediata nas áreas de fiscalização e monitoramento ambiental, trabalho que deve ser realizado pelas universidades públicas que atuam nas baías fluminenses.

“Não sabemos ainda do que se trata. Por isso, é necessário que universidades analisem esse material pra identificar que substância e/ou organismo é esse. Por que apareceu no ecossistema da Baía de Sepetiba? Precisamos saber também se já está presente na Baía da Ilha Grande, que tem permanente troca de correntes marinhas com a Baía de Sepetiba”, diz o ambientalista Sérgio Ricardo, presidente do Instituto Baía Viva.


Foto: Divulgação Baía Viva

Os pescadores reclamam que os "cabelos" deixam as redes de pesca totalmente tapadas e pesadas, com risco da embarcação afundar. Eles relataram que os organismos se multiplicam muito rápido.

“Muito provavelmente é resultado do desequilíbrio ecológico provocado pela intensa industrialização e da urbanização que vem ocorrendo no entorno das baías fluminenses, o que tem gerado o sacrifício ambiental das três baías fluminenses: Guanabara, Sepetiba e Ilha Grande. A presença deste organismo vivo pode estar associada aos impactos das mudanças climáticas em função da crescente acidificação dos oceanos, o que provoca o branqueamento dos corais, como já tem sido identificado na Baía da Ilha Grande nos últimos anos, ou da elevação do nível do mar”, explica Sérgio Ricardo.

Procurado pelo Portal Eu, Rio!, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que não recebeu nenhum tipo de informação acerca do assunto e que irá ao local para uma vistoria.

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