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Pescadores e ambientalistas protestam contra os leilões de áreas para exploração de petróleo

Petrolíferas recuam e apenas 5 das 92 áreas posts em leilão foram arrematadas

Por Portal Eu, Rio! em 07/10/2021 às 12:31:34

Manifestantes são contra a exploração de petróleo em áreas protegidas. Foto: Divulgação.

Pescadores e ativistas pelo clima realizaram nesta quinta-feira (7) protestos no Rio de Janeiro contra a 17ª Rodada de Leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), leilão que terminou com apenas 5 das 92 áreas arrematadas pela Shell pelo preço mínimo de R$ 37,1 milhões.

Os ativistas denunciam os danos que a exploração pode provocar sobre Fernando de Noronha, Atol das Rocas e os “oásis da pesca” no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Diane disso, exigem o fim da exploração de combustíveis fósseis. O objetivo é proteger o litoral brasileiro dos impactos dos combustíveis fósseis sobre as comunidades mais vulneráveis, a biodiversidade e o clima global.

“É ultrajante que, a menos de um mês da COP26, maior encontro global pelo clima, a ANP realize um leilão que contribui para a crise climática e ameaça patrimônios naturais brasileiros, como Fernando de Noronha e Atol das Rocas”, afirma Ilan Zugman, diretor da 350.org na América Latina.

Além das áreas protegidas que Zugman menciona, a atividade petrolífera e de gás nas bacias Potiguar e de Pelotas pode causar danos graves a áreas essenciais para a pesca e que ainda não se encontram oficialmente protegidas. A constatação vem de um estudo do Instituto Maramar, em colaboração com a 350.org, divulgado nesta terça-feira (05/10).

“As comunidades que vivem da pesca, do turismo e dos ambientes de mangue já foram muito prejudicadas pelo petróleo e pelo gás em várias regiões do Brasil, por isso, queremos evitar que esses danos se expandam para novas áreas. As grandes empresas desses setores ficam com o lucro e, para nós, sobram os vazamentos”, afirma Alexandre Anderson, presidente da Ahomar.

A ação de ativismo foi realizada em frente ao Hotel Windsor da Barra da Tijuca, onde a agência promoveu o leilão. Organizaram a ação a 350.org, a Associação dos Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar) e o Sindicato dos Pescadores Profissionais e Pescadores Artesanais, Aprendizes de Pesca e Pescadores Amadores do Estado do Rio de Janeiro (SindPesca-RJ).


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