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Centros de Referência de Assistência Social retomam atividades presenciais dos Serviços de Convivência

Conversas e trocas de experiências atendem grupos de crianças, adolescentes e idosos, acima de 60 anos

Por Portal Eu, Rio! em 12/10/2021 às 09:29:48

CRAS1 - Dona Cleusa Firmino de Farias comemora a volta ao serviço de convivência. Fotos: Fernando Maia/Prefeitura do Rio

“Vovó, é hoje que a gente vai lá ver as vovós?”. Depois de um ano e meio isolado em casa, Adriel, 9 anos, saiu hoje de manhã animado, com a avó Cleusa Firmino de Farias, 77, moradora de Rocha Miranda e atendida pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) José Carlos Campos. Durante esse período milhares de usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Secretaria Municipal de Assistência Social tiveram que ser atendidos de forma remota, por causa da pandemia. A partir desta quinta-feira (7), as atividades de conversa, socialização, troca de experiências e todo o universo que compreende o SCFV estão voltando a ser presenciais nos CRAS do Rio.

Na verdade, desde de março de 2020, a “convivência” só ocorria em grupos de mensagens do WhatsApp, o meio mais acessível para a maioria da população vulnerável.

“Mais importante do que qualquer atividade é ter vocês juntas, pois aqui se constroem laços de amizade, companheirismo, parceria, que ajudam a sair da tal da depressão. Então eu fico muito feliz de a gente voltar com o serviço de convivência presencial, que possam falar, uma ouvir a outra, de uma certa maneira uma acariciando a outra”, expressou a secretária, Laura Carneiro.

Os 47 CRAS da cidade realizaram em 2021, desde 1º de janeiro, 710 mil atendimentos - número 28% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior (507.132) - entre inscrições no Cadastro Único (acesso aos programas sociais do governo federal), acompanhamento de indivíduos e famílias vulneráveis dos mais variados tipos, orientação e retirada de documentação civil, Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (Paif), e outros. Enquanto no SCFV, as pessoas vulneráveis têm a oportunidade de conversar sobre temas da atualidade e a conviver em comunidade.

Muitas vezes, é a partir daí que refazem seu círculo social e retomam uma vida plena. Não foi à toa que Dona Cleusa comemorou o retorno do serviço com pulos e agitando os braços, no meio de outras 23 ‘vovós’ e um ‘vovô’. Agora vacinadas, muitas com a terceira dose, elas estão felizes por poderem se reencontrar e retomar os passeios e as conversas presenciais. Com o suporte da Assistência Social, vão a teatros, museus e até a outras cidades, como Petrópolis.

“A gente sente falta das amizades”, contou Elenice Tedoldi, 66 anos, que participa do serviço há quatro anos. Antes da pandemia, morava sozinha, com os filhos criados. Agora, divide novamente a casa com o marido, com quem reatou durante o período de isolamento. “Sou agente experiente, conto histórias para crianças nas escolas, faço máscaras e quentinhas para moradores em situação de rua, mas estava morrendo de saudade dos encontros e dos passeios”, completou Rosana Nascimento de Souza, 66, que vive sozinha.

O serviço atende grupos de crianças e adolescentes (de 6 a 9, 10 a 14 e 15 a 17 anos), e idosos (acima de 60 anos). Nesta quinta-feira, foram retomadas as atividades presenciais de 12 grupos em 10 CRAS. Ao longo do mês, as outras unidades voltarão a atender de maneira presencial gradualmente, de acordo com as necessidades dos usuários. Por mês, a Assistência Social atende, em média, 9 mil usuários nas atividades de convivência e fortalecimento de vínculos.

Ouça no Podcast Eu, Rio! a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, falando sobre o retorno das atividades do CRAS.

Por Portal Eu, Rio!
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