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O peso dos votos brancos e nulos e a reviravolta nas eleições legislativas

Votação promoveu uma nova configuração na política com o fenômeno Bolsonaro.

Por : Nilber Ferreira em 09/10/2018 às 01:00:31

Para governador no Rio de Janeiro, a soma de votos brancos e nulos chegou a 1.832.086, Foto: TRE

O primeiro turno da eleição termina mostrando números de votos brancos e nulos que preocupam. Para governador no Rio de Janeiro, a soma chegou a 1.832.086, um percentual de quase 19,34 % dos votos. Na comparação seria quase o que obteve o segundo colocado na disputa para governador no estado, Eduardo Paes, com 19,56 %. Equivale a 13 deputados estaduais ou 5 federais, levando em conta o mais votado para as casas legislativas.

No pleito para presidente, cai a porcentagem para 8,79 % do eleitorado somando 10.307,277 votos, fato que não se pode ignorar. Na eleição para presidente, é mais que o terceiro, quarto e quinto lugar juntos.

A população deu o seu recado e a politização do eleitor vem aumentando gradualmente a cada eleição. As redes sociais e a democratização no ambiente virtual têm proporcionado mais acesso e liberdade, com a devida atenção é claro a disseminação de fakeNews, que não contribuem para o debate democrático.

Alguns nomes conhecidos da política ficaram de fora: Romero Jucá, do MDB de Roraima, depois de 24 anos no senado, dará adeus à casa. Jucá já é réu por lavagem de dinheiro em esquema da lava jato. Eunicio Oliveira, atual presidente do senado, também não conseguiu a reeleição.

Na cidade Maravilhosa, os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Miro Teixeira (REDE-RJ), que concorriam à uma vaga no senado, fracassaram no pleito, Lindbergh (PT-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF) não lograram êxito nas suas reeleições ao senado.

Na terra do pão de queijo, Minas, Dilma Rousseff (PT-MG) ficou em quarto lugar na disputa para o senado.

O eleitorado está mais antenado com os movimentos dos seus parlamentares e governantes. A matemática do coeficiente eleitoral manteve Jean Willis do PSOL-RJ na câmara dos deputados, ocupando a última cadeira com 24.295 votos (0,31 %) dos votos válidos.
O ex-senador e agora eleito deputado federal Aécio Neves também se manteve no Legislativo. Ontem no caminho para a sessão eleitoral foi vaiado, xingado por outros eleitores nas filas para a votação na localidade onde comparece, no bairro de Lourdes, Zona Sul de Belo Horizonte.

Por outro lado, os rebentos de Eduardo Cunha, Jorge Piccianni e Sérgio Cabral, todos presos por corrupção não terão cadeiras legislativas. Crivella Filho, filho do prefeito Marcelo Crivella, e Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, do PDT, da CPI dos Correios, também ficaram de fora.

Pelo Brasil afora o que se percebeu foi que o povo estava ansioso por mudanças, e elas aconteceram nas esferas do legislativo em que menos da metade obteve reeleição. Na Câmara federal, partidos tradicionais como PSDB, DEM e MDB perderam bancada e o PSL, partido do furacão político, Jair Bolsonaro, pulou de uma cadeira para 52. O PT perdeu vagas mais ainda tem a maior bancada no congresso, com 56 parlamentares.


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