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Instalação de placas solares cresce no estado do Rio como alternativa à conta cara de luz

Na capital, administradora de condomínios tem optado por esse tipo de geração de energia

Por Portal Eu, Rio! em 10/11/2021 às 15:36:45

Placa solar sobre o telhado de uma residência. Foto: Divulgação

"Olha a luz acesa!" e "Ó o desperdiço aí" são expressões cada vez mais comuns com os seguidos aumentos da conta de energia elétrica e, por isso, empresas, condomínios e moradores de casas têm buscado soluções para diminuir o uso de energia elétrica e economizar no final do mês. A principal delas é a busca pela instalação de placas de energia solar em domicílio.

Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), ao estado do Rio de Janeiro possui atualmente 298,7 megawatts (MW) de energia solar em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Isso significa que todo o território fluminense responde sozinho por 4,1% de todo o parque brasileiro de energia solar na modalidade, que conta com 800 mil consumidores do tipo no total.

Para Camila Nascimento, coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio de Janeiro, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeiras vermelhas na conta de luz da população.

“O estado do Rio de Janeiro é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.

Administradora de condomínios ampliou instalação de placas solares

Segundo dados apresentados pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo César Domingues, as instalações solares em residências cresceram 2.000% no Brasil. Diante desse cenário, essa tem sido a alternativa encontradas pela Estasa, administradora que atende mais de 600 condomínios na capital fluminense.

O presidente, Luiz Barreto, explica que antes de apresentar as ideias, eles testam para saber a eficácia.

“Já utilizamos aqui na nossa matriz, no Flamengo, a energia derivada da Fazenda Solar, opção disponível para os empreendimentos que não possuem espaço físico suficiente para produzir a energia necessária com placas solares. A nossa despesa total com energia reduziu 15%. Além da redução, conseguimos ajudar o meio ambiente com fontes renováveis”, comentou o presidente.

O Condomínio Cores da Lapa, que conta com 700 apartamentos e mais de dois mil moradores, optou pela utilização de energia solar para atender as áreas comuns do prédio. Eles estão finalizando a instalação de placas no terraço, que serão responsáveis por 70% da economia no gasto de luz. Os outros 30% estão sendo gerados em uma fazenda solar.

O síndico Paulo Badin explicou que o custo do investimento das placas vai ser diluído em dez anos. Esse valor mais a compra de energia de fazenda vão gerar uma fatura 35 mil reais por mês para o condomínio.

“Hoje a nossa fatura é, em média, de 50 mil reais. Já vamos conseguir uma economia de 30% nos primeiros anos. Daqui a dez anos, quando todo o custo do investimento estiver pago, nosso gasto mensal fixo será ainda menor, de 20 mil reais. Ou seja, com essa mudança, teremos uma economia de 60% na conta de luz”, esclareceu.

Já o condomínio Parque Jardim Europa, localizado no Humaitá, que conta com 182 apartamentos, começou a usar as placas solares recentemente e no primeiro mês percebeu uma grande redução.

“Nossa conta de luz saiu de quase 5 mil reais para R$ 1.700,00, uma economia de 66%”, explicou o conselheiro Arthur Costa da Silva.

Números ainda são pequenos

Mesmo com todos os benefícios a respeito da energia solar, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 88 milhões de consumidores de eletricidade do País, apenas 0,9% já faz uso do sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva.

Em número de unidades consumidoras que utilizam a geração própria de energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,8% do total. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,4%), produtores rurais (7,3%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

A geração própria de energia solar já está presente em 5.083 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.

“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

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