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Samba de Benneditto comemora Mês do Samba no Teatro Rival

Jovelina Pérola Negra, Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Dorival Caymmi são cantados por Rita Benneditto

Por Portal Eu, Rio! em 25/11/2021 às 09:03:04

Rita Benneditto. Foto: Divulgação

Cantora e compositora de timbres diversos e ao mesmo tempo ressaltando uma voz única, Rita Benneditto defende, em novo show, sambas representantes de diferentes regiões do país. Depois do sucesso do “Tecnomacumba”, projeto que comemora 18 anos em turnê pelo Brasil e exterior, a artista maranhense volta dia 3/12, sexta-feira, ao Teatro Rival Refit, agora, pela primeira vez, com seu ‘Samba de Benneditto’ no tradicional palco da Cinelândia, no Centro do Rio.

Nesse projeto, a filha ilustre de São Benedito do Rio Preto, cidade que fica no interior do Maranhão, mostra seu olhar sobre o samba e as muitas formas com que ele é executado no Brasil afora. Um dos principais nomes da MPB, Rita reúne 26 composições, entre clássicos e autorais numa grande viagem pela história da cultura afro-brasileira valorizando sambas de várias épocas e estilos.

Seu passeio musical vai desde o samba de terreiro, transitando pelo samba de roda da Bahia, mas sem esquecer suas raízes maranhenses, o samba caboclo dos “Fuzileiros da Fuzarca”, os blocos tradicionais do carnaval do Maranhão, seu Pai Fausto Benedito e “São Benedito” - o santo dela de devoção, assim como “Santa Rita de Cássia”. Todos são referências marcantes do lugar onde nasceu e que não ficaram de fora do animado repertório que pretende não deixar o público parado na plateia.

Ao longo de 25 anos de carreira, o samba sempre esteve presente na vida e voz de Rita Benneditto, considerada uma das cantoras mais representativas de sua geração. “Há muito tempo eu queria dedicar um projeto ao samba, exatamente como faço esse show com olhar personalíssimo sobre ele. E, aos poucos, fui maturando o Samba de Benneditto” – explica a intérprete, que não vê a hora de reencontrar seus fãs diante do palco.

O novo show é para Rita uma inspiração contínua do bem-sucedido “Tecnomacumba”, o divisor de águas na carreira. O roteiro segue pontuando com o seu olhar naquilo que fundamenta a raiz do samba, mas não abandona a influência na modernidade.

A linha de trabalho é destacada por ela como um ato de brasilidade e manifestação à história musical do Brasil, grande terreiro onde a cultura negra se faz presente em todo canto. Após a estreia nacional de “Samba de Benneditto” no ano passado em São Paulo, no SESC Pompeia, antes da pandemia, a apresentação seguiu para o Rio de Janeiro, no Clube Manouche. Com o isolamento social, no Teatro Rival Refit a produção ganhou nova data com a retomada cultural carioca.

Samba e sua história na voz da artista que tem na arte mais que uma vocação: um sacerdócio

Discriminado durante décadas, o samba ficou inicialmente segregado aos terreiros e, tempos depois, às patuscadas de fundo de quintal. No caso do Maranhão, os terreiros são os do “Tambor da Mata”, cuja maior representatividade está na região do Codó. Essas manifestações são também conhecidas como Terecô.

Rita faz questão de marcar no novo trabalho esse lado da sua ancestralidade. Ela ganhou de Nei Lopes “Terecô”, um samba em parceria com Everson Pessoa, no qual o compositor e pesquisador, grande conhecedor da história do gênero, faz na letra menção à Encantaria Maranhense.

Da sua terra natal, ela caminha por outros estados do Nordeste. De Pernambuco, mas precisamente, da Ilha do Massangano, saúda o tradicional “Samba de Véio”. Da Bahia, reverencia dois representantes importantes ligados ao coco e ao samba de roda: Bule-Bule (nome artístico de Antônio Ribeiro da Conceição) e Roque Ferreira. O primeiro faz-se presente com “Que moça bonita é aquela?” e, o segundo, com “A filha do macumbeiro” (Roque Ferreira e Dunga).

Com concepção e direção geral de Rita Benneditto em “Samba de Benneditto” referências históricas e atualidade dão-se às mãos em roda (de samba). A cantora ao mesmo tempo em que resgata pérolas como “Rainha do mar”, de Dorival Caymmi (1914-2008), abre alas à produção de nomes mais recentes, caso de Zeca Pagodinho, do qual revisita “Minha fé” (Murilão da Boca do Mato), inclui compositores de sua geração, como João Martins, de quem canta “Lendas da mata”, e Luedji Luna, com “Banho de Folhas”. E permite-se (re)encontrar faixas da própria discografia: “Caramba, Galileu da Galiléia" (Jorge Ben Jor), gravada por ela no seu terceiro CD “Comigo” (2001); e “O que é dela é meu” (Arlindo Cruz, Rogê, Marcelinho Moreira), gravado no disco “Encanto” (2014).

Ainda na seara das reverências históricas do samba, Rita joga luz sobre o legado de duas mulheres, artistas que conseguiram se impor num meio que, durante anos, foi majoritariamente masculino. São elas Jovelina Pérola Negra (1944-1998) e Dona Ivone Lara (1922-2018). Do repertório da primeira, a cantora pescou duas pérolas: “Água de cachoeira” e “Sorriso aberto”. Da coleção musical de Dona Ivone, escolheu “Axé de Ianga (Pai Maior)”.

E já que o assunto é a força autoral feminina, artista brinda o público com três de suas composições. Além de “Benneditto seja”, o roteiro traz a também inédita “Rainha do Candomblé” e “7Marias”, single lançado em 2018.

Serviço

Show: Samba de Benneditto”

Dia 3 de dezembro, sexta-feira – 19h30

Concepção e direção geral: Rita Benneditto

Direção musical: Fred Ferreira e Rita Benneditto

Com a cantora e compositora Rita Benneditto

Músicos:

Fred Ferreira (guitarra, violão, viola caipira e vocais)

Michel Ramos (cavaco e violão 7 cordas)

Beto Lemos (rabeca, baixo e vocais)

Ronaldo Silva (percussão e vocais)

Júnior Crispin (percussão e vocais)

Mafram Maracanã (percussão)

Teatro Rival Refit

Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33-37 – Cinelândia - RJ

Telefone: Tel. 2240-4469

Capacidade: 350 lugares

Na entrada, todos terão temperatura aferida, e haverá dispensers de álcool 70° em gel distribuídos pelas dependências do teatro. O público só pode retirar a máscara para o consumo de bebida e comida, sentados em seus devidos lugares.

Abertura da casa: 18h30

Bilheteria:

Aberta de quarta a sexta – das 15h às 20h. Sábados e feriados – das 16h às 20h30 (somente em dias de shows)

Ingressos:

R$ 80,00 (Inteira)

R$ 40,00 (Estudante / Idoso / Professor da Rede Municipal / Funcionário Refit / Assinante O Globo)

R$ 60,00 (Promoção 100 primeiros)

R$ 63,20 (Promoção Santander 21)

Vendas de ingresso pela Sympla

https://bileto.sympla.com.br/event/64291/d/81188

Duração: 1h30

Classificação indicativa: 18 anos




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