A situação envolvendo a variante da covid-19 oriunda da África do Sul, a ômicron, ainda causa muitos questionamentos. Mas uma das perguntas deve encontrar resposta nos próximos dias. Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária solicitou que as desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informassem sobre os estudos em andamento em relação à eficácia das vacinas frente à nova variante. O pedido foi feito em 1º de dezembro e os laboratórios já apresentaram as respostas, segundo a própria agência informou em comunicado oficial nesta quinta (9).
A solicitação foi encaminhada aos laboratórios Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen. A Agência exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes. É preciso observar, porém, que esses estudos demandam tempo, uma vez que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes para então realizar os testes e a análise.
A Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) avaliará os dados encaminhados e continuará o monitoramento dos estudos relativos à variante Ômicron. A Agência também acompanha o cenário epidemiológico da prevalência dessa variante e a ausência das informações solicitadas pode prejudicar a manutenção da atual autorização da Anvisa.
A agência explica que a avaliação experimental completa da Ômicron pode levar "semanas ou até meses". Apesar isso, o comunicado informa que "os desenvolvedores de vacinas devem manter a vigilância permanentes dos seus imunobiológicos frente ao aparecimento dessa variante que causa preocupação".
A Anvisa reforça, nas informações que existem até o momento, que as vacinas continuam sendo a nossa melhor linha de defesa e que todos aqueles que ainda não receberam a primeira ou segunda dose da vacina, ou que são elegíveis para a dose de reforço, devem procurar os posto de saúde em busca da imunização.