O ex-repórter policial Gil Gomes morreu aos 78 anos, nesta terça-feira (16), em São Paulo. Ele passou mal na segunda e foi levado para a emergência do Hospital São Paulo, na capital paulista. Segundo a Assessoria do Hospital, a morte aconteceu nesta madrugada. Ele sofria de Mal de Parkinson e desde 2005 lutava para combater a doença degenerativa que dificultava seus movimentos.
O velório terá início nesta terça-feira, às 18h, no Obelisco dos Heróis de 32, na Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, em São Paulo. O sepultamento será nesta quarta-feira, 17, às 10h, no Cemitério Memorial Guarulhos. O endereço é Avenida Rio de Janeiro, 827, em Guarulhos.
No início de outubro, o filho Daniel Gomes, pelo Facebook, avisou que o pai estava hospitalizado devido a um quadro hepático grave e que estava fazendo exames, inclusive uma biopsia, para chegar a um diagnóstico. "Todos os cuidados estão sendo tomados pela família, peço aos amigos que incluam meu pai em suas orações", disse Daniel.
Pelo twitter, a Associação de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro (AIERJ), lamentou a morte do jornalista. "É com grande pesar que comunicamos o falecimento do jornalista e radialista Gil Gomes. A AIERJ deseja aos familiares e amigos, os nossos mais sinceros sentimentos".
Morte do filho ano passado
Em 2017, em entrevista a Rede TV, Gil Gomes falou sobre a dor de ter perdido um filho por causa da hepatite C. "No cemitério, eu gritei: "Tchau, Gui, até um dia!" Sei que um dia vou encontrá-lo de novo", disse emocionado. Gil Gomes revelou que gostaria de ter tido mais tempo com o filho, mas que a dedicação à profissão não permitiu. Foram noites e dias de trabalho, de luta, mas eu me sentia bem fazendo isso, valeu a pena". Lamentou também a incapacidade gerada pela doença. "Eu passei os últimos seis anos sentado numa poltrona, esperando a morte chegar". O jornalista teve cinco filhos e quatro netos.
Gil Gomes se tornou um dos grandes nomes do rádio e da televisão brasileira por seu trabalho no jornalismo investigativo. O jornalista iniciou sua carreira na extinta Rádio Marconi, na década de 1960. Entre os anos 1991 e 1997, Gil conquistou o grande público na televisão ao integrar o time de repórteres do extinto Aqui Agora, programa do SBT. Ele chamou a atenção por conta da linguagem popular e da dramatização que fazia para narrar as reportagens sobre crimes. Seu gesto característico com a mão era constantemente imitado por todos que o assistiam.