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Sindicância apura suposta agressão de professor a auxiliar de secretaria dentro de escola em Caxias

Fato está sendo investigado pela Delegacia da Mulher (DEAM), para onde os envolvidos foram encaminhados por PMs

Por Cláudia Freitas em 22/12/2021 às 10:26:00

Foto: Reprodução


Reprodução YouTube

A Secretaria Estadual de Educação do Rio vai realizar nesta quinta-feira (23), às 13 horas, a primeira reunião da comissão de sindicância formada pela pasta para apurar o caso da Auxiliar de Secretaria Luciana Andreia de Oliveira, de 48 anos, supostamente agredida por um professor dentro de uma unidade escolar da rede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O fato, que ocorreu na última sexta-feira (17), também está sendo investigado pela Delegacia da Mulher (DEAM/Caxias), para onde os envolvidos foram encaminhados por policiais militares. Em entrevista à Web TV Eu, Rio!, Luciana, que também é professora, afirma ter sido violentada com tapas, socos e pontapés pelo colega de trabalho, que deixaram hematomas e cortes pelo corpo. O motivo? Nem ela sabe explicar.

“Eu cheguei atrasada porque tive um problema em casa com a minha geladeira, mas avisei a minha diretora. Quando eu entrei na sala dos professores, ele [se referindo ao professor que a teria agredido] me deu três tapas nas costas e disse ‘chegou cedo para amanhã’. Eu não respondi e relatei o caso para duas funcionárias, que ficaram indignadas. Depois de um tempo, eu entrei novamente na sala dos professores e ele me empurrou e me jogou contra a porta, me xingou diversas vezes e me deu um soco na boca”, contou a professora.

Luciana relatou ainda que pediu permissão para uma orientadora educacional para chamar a polícia, pois estava ferida e com sangue pelo corpo, mas a profissional não autorizou. “Essa orientadora ainda chamou a equipe da limpeza para limpar logo o sangue no chão. Eu me vi sozinha e tive a ideia de pedir socorro em um grupo de WhatsApp, além de começar a registrar tudo que estava acontecendo com a câmera do celular. As minhas amigas do grupo [de WhatsApp] ficaram apavoradas e chamaram a polícia, que chegou logo na escola”, conta a professora.

Segundo Luciana, após o suposto agressor usar de xingamentos pela terceira vez e dar o soco no rosto, ela arremessou contra ele uma travessa de salada. “Foi quando ele partiu para cima de mim e eu fui parar no chão. Ele deu vários socos e chutes”, conta. A auxiliar de secretaria afirmou desconhecer os motivos das agressões. “Pode parecer loucura, mas eu não sei o porquê desse homem fazer isso. Eu só tenho contato com ele às sextas-feiras, quando trabalhamos juntos. Nunca aconteceu nada, nenhum problema que justifique a raiva dele”, afirma Luciana, que teve que ser atendida em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) próxima ao colégio.

Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que “no último dia 17 de dezembro dois servidores da pasta, lotados na EE Bairro Senhor do Bonfim, em Duque de Caxias, se envolveram em uma briga dentro da unidade. A Polícia Militar foi acionada e ambos foram conduzidos para a delegacia para registro do caso. A Seeduc informa ainda que não compactua com qualquer tipo de violência e que a corregedoria interna já está tomando as devidas providências, estando ambos suspensos de suas atividades por 30 dias para a apuração dos fatos”.


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