As famílias brasileiras estão consumindo menos. Estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) conclui que houve queda de 0,3% no volume de compras de uma família em outubro, o que significa que o brasileiro está cauteloso ao comprar.
Os indicadores do estudo revelam que há uma queda de 0,3% no volume de compras a prazo. A aquisição de bens duráveis foi a que mais sofreu queda – 23,3% em outubro.
O economista da CNC, Antonio Everton, conclui que as famílias têm evitado o impulso consumista.
“A lenta recuperação do mercado de trabalho, o comportamento dos juros, o elevado endividamento, a alta do dólar, os reajustes das tarifas e, principalmente, a indefinição quanto ao rumo da economia em 2019, influenciaram a decisão de compra”, disse.
O estudo mostra que o índice da pesquisa que mais subiu foi o da Renda Atual. Com pouco dinheiro disponível, a liberação do PIS/PASEP pode ter influenciado o resultado, segundo o economista:
“Também se pode considerar que a renda tenha crescido em virtude de ganhos adicionais decorrentes de trabalhos extras, como meios para aumentar o orçamento”, observa Antonio Everton.
Apesar da queda do consumo em outubro, a CNC elevou para 4,5% a estimativa de crescimento do consumo até o final de 2018. Esta é a primeira estimativa positiva desde a greve dos caminhoneiros, em maio. Tal expectativa se deve à injeção de R$ 10,3 bilhões no mercado. Este valor equivale ao volume sacado pelos trabalhadores de suas contas de PIS/PASEP.