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Acusação de que Mourão teria torturado Geraldo Azevedo não procede

Candidato adversário chegou a reproduzir denúncia, que foi esclarecida pela assessoria do cantor

Por Kaio Serra em 23/10/2018 às 15:39:05

Assessoria do cantor fez questão de esclarecer as informações. Foto: Elói Corrêa/GOVBA/Arquivo

Embora o cantor Geraldo Azevedo tenha declarado em apresentação na última segunda-feira (22) no Festival EcoArte Itaitui na Bahia que havia sido torturado pelo General Mourão, vice candidato à Presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), na época do governo  militar, essa informação não procede.

De acordo com dados do portal Defesa.net, Mourão ingressou no Exército em fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras, onde permaneceu até 1975. Dessa forma seria improvável que Geraldo Azevedo, que segundo sua assessoria, afirma ter sido torturado entre 1969 e 1974, tenha tido algum contato com Mourão.

A denúncia feita pelo cantor foi inclusive reproduzida pelo outro candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), Em sabatina realizada na manhã desta terça-feira (23). Temendo maiores desdobramentos, em nota a assessoria do cantor afirma que “o vice-presidente do candidato Jair Bolsonaro não estava entre os militares torturadores. Geraldo Azevedo se desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco”.

 Confira a nota na íntegra:

 "Sobre o ocorrido, comunicamos:

O cantor e compositor Geraldo Azevedo foi uma das vítimas da ditadura militar instaurada em 1964. Sequestrado e brutalmente torturado duas vezes, em 69 e 74, hoje o artista lamenta a eminência da eleição de um candidato que idolatra torturador e que diz que "o grande erro (da ditadura) foi torturar e não matar".

No último fim de semana, Geraldo declarou em um show no interior da Bahia que o general Mourão era um dos torturadores da época de suas prisões. No entanto, o vice-presidente do candidato Jair Bolsonaro não estava entre os militares torturadores. Geraldo Azevedo se desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco e reafirma sua opinião de que não há espaço, no Brasil de hoje, para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e que cerceia as liberdades individuais e de imprensa”.

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