Paes perde programas, mas ganha direito de resposta contra Witzel

O candidato a governador pelo PSC, Wilson Witzel, conseguiu duas vitórias no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) sobre propagandas veiculadas por seu adversário. Na primeira decisão, a desembargadora Fernanda Xavier de Brito proibiu a veiculação da propaganda de Eduardo Paes (DEM) em que, com edição de vídeos, mostra frase descontextualizada de Witzel em uma palestra para, depois, insinuar que ele seria dono de empresas.

Na segunda decisão favorável ao candidato do PSC, o desembargador Luiz Fernando Andrade Pinto, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), proibiu veiculação da propaganda em que Paes tenta mostrar que Witzel seria amigo do advogado Luiz Carlos Azenha, que atendeu Antonio Bomfim da Silva, o Nem da Rocinha. A partir desse fato, Paes acusa Witzel de ter ligações com o crime organizado. Afirma, em outro trecho da peça publicitária, que Witzel seria dono de empresa tipo "faculdade". Segundo a decisão do desembargador, as inserções têm "conteúdo alegadamente inverídico".

Em contrapartida, a candidatura de Eduardo Paes ganhou, nesta quarta-feira, no TRE, dois direitos de resposta no programa de seu adversário. Paes obteve dois minutos no sábado passado e mais dois minutos obtidos nesta quarta-feira. Além disso, no primeiro sábado do segundo turno, o TRE retirou do ar a íntegra do programa noturno de Wilson Witzel. O candidato Witzel não ganhou nenhum direito de resposta sequer.

A peça de propaganda de Paes também foi proibida porque fere a legislação ao não exibir o número do candidato, o nome da coligação e nem as siglas dos partidos.

Fora a retirada imediata do ar e da proibição da exibição das propagandas, os dois desembargadores estipularam multa de R$ 50 mil caso as duas peças sejam novamente veiculadas. Ao todo, Witzel conseguiu dez vitórias na Justiça Eleitoral, cada uma com tema específico, desmentindo Eduardo Paes.