O prefeito do Rio, Eduardo Paes, visitou a obra do terminal Deodoro do BRT Transbrasil. neste sábado (5). Ele acompanhou o avanço na construção do corredor, que movimenta mais de 1.600 operários em toda a sua extensão.
Retomado em agosto do ano passado, o trabalho prevê a implantação de 26 quilômetros de vias de BRT, interligando Deodoro à Rodoviária Novo Rio.
Paes ressaltou a importância do terminal, que fará a integração da Transolímpica com a Transbrasil.
"A obra desse terminal é um bom sinal de que finalmente caminhamos para a reta final da TransBrasil. Ela deveria ter ficado pronta em 2018, nunca foi uma promessa olímpica, mas tem um atraso de pelo menos quatro anos na conclusão, e a gente agora acelerou, desde o ano passado. Vamos ter o modelo pensado lá atrás para os BRTs totalmente implantado, e aí é fazer funcionar direito. A chegada dos ônibus que estamos comprando mais a retirada dos antigos operadores do sistema, com a prefeitura assumindo a gestão num primeiro momento, vai permitir que as pessoas possam ter uma realidade bem diferente na mobilidade da cidade. Isso não é para agora, mas aos poucos vamos começar a perceber as melhorias", disse Eduardo Paes.
As intervenções ao longo do BRT contemplam ainda a conclusão de 21 passarelas definitivas, a construção de três terminais (Margaridas e Missões, além do Deodoro) e dos viadutos desses terminais, além do alargamento dos viadutos sobre a Estrada João Paulo, o metrô de Coelho Neto e a linha férrea em Guadalupe.
Com o fim das obras, a previsão é de mais qualidade de vida para a população, com a redução no tempo das viagens.
"Com a conclusão do corredor Transbrasil, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento. É uma grande melhoria na qualidade de vida de quem está indo e vindo do trabalho. A gente sabe que a obra causa transtorno à população, mas vai trazer muito benefício para o transporte não só da cidade, mas de toda a Região Metropolitana", ressaltou a secretária Municipal de Transportes, Maína Celidonio.
A subsecretaria municipal de Infraestrutura, Jessick Trairi também destacou a importância do terminal para os cariocas:
"Esse terminal é importante porque ele faz a integração da Transbrasil com a Transolímpica. O tempo de permanência dos cariocas nos ônibus vai diminuir com as pistas exclusivas".
Os subprefeitos das zonas Norte, Diego Vaz, e Oeste, Diogo Borba, também acompanharam a vistoria no futuro terminal de Deodoro.
Atualmente, as equipes que atuam no Terminal de Deodoro executam os blocos de fundação. Mantendo o ritmo acelerado dos trabalhos, já estão prontas as lajes pré-fabricadas da parte considerada de superestrutura da obra. No dia 25 de fevereiro, as equipes demoliram a antiga passarela que ligava a estação da Supervia ao Parque da Vizinhança e ao bairro de Deodoro. Os pedestres agora são conduzidos à Estrada do Camboatá.
No terminal Margaridas, no acesso à Via Dutra, as obras já estão em estágio avançado e os operários finalizaram o pavimento rígido, a plataforma e a drenagem. No momento, os trabalhos ocorrem no viaduto que dará acesso ao terminal, com os lançamentos das vigas e a execução das lajes.
Das 18 estações a serem construídas, 15 estão com a estrutura de concreto finalizada, faltando a complementação metálica, já em andamento. As outras três estão sendo erguidas.
Das passarelas que interligam as estações, 14 estão prontas e sendo utilizadas pela população. Outras sete estão em processo de construção e duas provisórias foram erguidas para uso temporário. Elas serão substituídas por estruturas novas, entregues até o fim das obras.
No trecho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Caju, estão sendo finalizadas as obras de drenagem. Nos bairros de Coelho Neto e Barros Filho, as equipes seguem fazendo o alargamento de vias laterais e dos viadutos de Coelho Neto e João Paulo.
Entre Barros Filho e Deodoro estão sendo executados alargamentos de vias que vão possibilitar a construção das plataformas das estações de Irajá, Guadalupe e Barros Filho. No Camboatá é realizada a fundação do viaduto que possibilitará o acesso dos ônibus do BRT à Estrada do Camboatá. No local teve início a obra do sistema de drenagem pluvial.
Números
Ao todo, na obra do BRT TransBrasil já foram usadas 3 mil toneladas de asfalto e executados 1.200 metros quadrados de pavimento rígido, 6.400 metros cúbicos de troca de solo (preparação para o asfalto) e 6 mil metros cúbicos de escavação.
Fonte: Prefeitura do Rio